O Bahrain
descobriu o primeiro petróleo no lado árabe do Golfo em 1932. Demorou muito
tempo para a pequena ilha encontrar algo de significado similar, mas o recente
anúncio de um enorme recurso de óleo de xisto debaixo das suas águas pouco
profundas não deve ser subestimado: A produção comercial de óleo de xisto offshore seria uma novidade para a
indústria mundial.
Talvez mais
significativo seja o facto de que essa descoberta tem o potencial de
impulsionar a produção do Médio Oriente, enquanto aumenta as probabilidades de
que a produção de óleo de xisto fora dos EUA e do Canadá arranque, finalmente.
O Médio Oriente tem as vantagens da boa geologia, infra-estrutura petrolífera
existente e falta de oposição e militância ambiental. Certamente, os produtores
locais terão que oferecer condições atractivas aos investidores internacionais
para compensar os custos e riscos técnicos mais elevados do que nos campos petrolíferos
convencionais, fornecer água potável ou usar outras tecnologias de fracturamento
hidráulico e desenvolver ou trazer empresas qualificadas em projectos não
convencionais. Mas, dado que os especialistas em xisto dos EUA tendem a ficar
em casa, o Bahrein oferece possibilidades de parceria interessantes a outras
grandes companhias petrolíferas internacionais.
Dada a sua proximidade,
os recursos recém-descobertos estendem-se, provavelmente, até as águas da
Arábia e talvez do Catar. A Arábia Saudita, com a sua primeira descoberta no
campo de Dammam, fica a apenas 25 quilómetros a oeste do Bahrein. Cerca de 20 quilómetros
a sueste fica o Catar. Embora seja detentora das terceiras maiores reservas de
gás do mundo, a produção de petróleo de Doha tem vindo a decair lentamente,
pelo que a produção de óleo xisto pode dar um impulso importante.Fonte
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