22 de abril de 2018

Assinala-se, hoje, o Dia Mundial da Terra

O Dia Mundial da Terra tem como finalidade criar uma consciência comum sobre os problemas da contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais importantes para proteger a Terra e foi criado pelo senador e activista ambiental norte-americano Gaylord Nelson, no dia 22 de Abril de 1970.
Em 1972 foi celebrada a primeira conferência internacional sobre o meio ambiente: a Conferência de Estocolmo, cujo objectivo foi sensibilizar os líderes mundiais sobre a magnitude dos problemas ambientais e que se instituíssem as políticas necessárias para os erradicar. Nessa primeira manifestação, a 22 de Abril, participaram duas mil universidades, dez mil escolas primárias e secundárias e centenas de comunidades e foi criada uma agenda ambiental. A pressão social surtiu efeitos e o governo dos Estados Unidos criou a Agência de Protecção Ambiental (Environmental Protection Agency) e uma série de leis destinadas à protecção do meio ambiente.
O Dia Mundial da Terra pretende levar à tomada de consciência sobre a limitação dos recursos naturais da Terra e da sua utilização, à educação ambiental e à participação de todos como cidadãos ambientalmente conscientes e responsáveis. Esta celebração convida todos, então, a participar em actividades que promovam a saúde do nosso planeta.
Por norma, este dia é aproveitado por organizações ambientalistas para apontar problemas como o abandono de resíduos, nomeadamente plásticos, alterações climáticas, seca, poluição do mar, ar e rios ou perda de biodiversidade.
O alerta relaciona-se com as consequências da actual forma de viver da sociedade, com elevado consumo e produção de lixo e de emissões de gases com efeito de estufa, que estão a afectar o equilíbrio da natureza, colocando em risco a vida humana.
Na sexta-feira, as mais de 170 nações que fazem parte da Organização Marítima Internacional estabeleceram o primeiro objectivo de emissões para a indústria naval e concordaram em reduzir pela metade as emissões de CO2 até 2050, com base nos níveis de 2008.
Este acordo sem precedentes foi bem recebido pelos activistas ambientais como um primeiro passo para atingir as metas do acordo de Paris. As nações da IMO iniciaram, de igual forma, um processo para proibir a utilização de óleo combustível pesado nas águas do Árctico. O fuelóleo carregado de enxofre é uma fonte significativa de carbono negro ou fuligem, que escurece a neve e o gelo e acelera o seu derretimento.
Segundo a publicação do Washington Post sobre esta matéria, "o transporte marítimo nos últimos anos foi responsável por cerca de 800 milhões de toneladas anuais de emissões de dióxido de carbono", ou seja, as emissões do transporte marítimo internacional representam 2,3% do total global. “Se esta indústria fosse considerada um país, seria a sexta maior fonte de emissões de CO2", concluía o prestigiado meio de comunicação norte-americano, observando que “800 milhões de toneladas de emissões anuais são comparáveis ​​às emissões da Alemanha.”

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