O Dia Mundial
da Terra tem como finalidade criar uma consciência comum sobre os problemas da
contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais importantes
para proteger a Terra e foi criado pelo senador e activista ambiental norte-americano
Gaylord Nelson, no dia 22 de Abril de 1970.
Em 1972 foi
celebrada a primeira conferência internacional sobre o meio ambiente: a
Conferência de Estocolmo, cujo objectivo foi sensibilizar os líderes mundiais
sobre a magnitude dos problemas ambientais e que se instituíssem as políticas
necessárias para os erradicar. Nessa primeira manifestação, a 22 de Abril, participaram
duas mil universidades, dez mil escolas primárias e secundárias e centenas de
comunidades e foi criada uma agenda ambiental. A pressão social surtiu efeitos
e o governo dos Estados Unidos criou a Agência de Protecção Ambiental
(Environmental Protection Agency) e uma série de leis destinadas à protecção do
meio ambiente.
O Dia Mundial
da Terra pretende levar à tomada de consciência sobre a limitação dos recursos
naturais da Terra e da sua utilização, à educação ambiental e à participação de
todos como cidadãos ambientalmente conscientes e responsáveis. Esta celebração convida
todos, então, a participar em actividades que promovam a saúde do nosso planeta.
Por norma,
este dia é aproveitado por organizações ambientalistas para apontar problemas
como o abandono de resíduos, nomeadamente plásticos, alterações climáticas,
seca, poluição do mar, ar e rios ou perda de biodiversidade.
O alerta
relaciona-se com as consequências da actual forma de viver da sociedade, com
elevado consumo e produção de lixo e de emissões de gases com efeito de estufa,
que estão a afectar o equilíbrio da natureza, colocando em risco a vida humana.
Na
sexta-feira, as mais de 170 nações que fazem parte da Organização Marítima
Internacional estabeleceram o primeiro objectivo de emissões para a indústria
naval e concordaram em reduzir pela metade as emissões de CO2 até 2050, com
base nos níveis de 2008.
Este acordo
sem precedentes foi bem recebido pelos activistas ambientais como um primeiro
passo para atingir as metas do acordo de Paris. As nações da IMO iniciaram, de
igual forma, um processo para proibir a utilização de óleo combustível pesado
nas águas do Árctico. O fuelóleo carregado de enxofre é uma fonte significativa
de carbono negro ou fuligem, que escurece a neve e o gelo e acelera o seu derretimento.
Segundo a publicação do
Washington Post sobre esta matéria, "o transporte marítimo nos últimos
anos foi responsável por cerca de 800 milhões de toneladas anuais de emissões
de dióxido de carbono", ou seja, as emissões do transporte marítimo
internacional representam 2,3% do total global. “Se esta indústria fosse considerada
um país, seria a sexta maior fonte de emissões de CO2", concluía o
prestigiado meio de comunicação norte-americano, observando que “800 milhões de
toneladas de emissões anuais são comparáveis às emissões da Alemanha.”
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