Polarcus cessará operações e rescindirá com todos os funcionários

A Polarcus, fornecedora de serviços sísmicos no setor offshore, é a última empresa a sucumbir à prolongada desaceleração do setor e às pressões da pandemia COVID-19. Os credores da empresa instruíram a Polarcus a encerrar as operações e conduzir seis dos navios da empresa a um porto seguro para os preparar para a venda. A empresa também disse que iria demitir todos os seus funcionários.

A Polarcus, que tinha uma frota de sete navios, sustentou a possibilidade de que um navio, o Vyacheslav Tikhonov, pudesse permanecer em operação. Os credores, que não têm garantia associada a esse navio, indicaram que permanecem abertos para discutir um período de paralisação em relação aos seus créditos e garantias remanescentes com vista a encontrar uma solução que permitisse ao Vyacheslav Tikhonov, que está sob fretamento a longo prazo pela Sovcomflot, continuar a operar. A Polarcus avançou que continuará na procura um acordo de paralisação para trazer estabilidade à parte restante dos seus negócios.

A empresa, com sede no Dubai, vinha procurando um acordo mais amplo de paralisação com os credores. Em 25 de janeiro, a Polarcus informou que havia um pagamento em incumprimento relacionado com o seu Working Capital Facility Agreement, o que desencadeou ua incumprimento cruzado com outras entidades bancárias. O incumprimento levou os credores a assumirem o controlo das subsidiárias operacionais da empresa, que por sua vez eram proprietárias dos navios.

Durante o seu último anúncio financeiro no final de outubro de 2020, a Polarcus revelou condições de mercado desafiantes, que levaram a uma perspetiva mais incerta, com fraca procura por serviços sísmicos, taxas diárias mais baixas e prazos de pagamento prolongados. Embora eles tenham dito que notaram alguma recuperação na atividade de contratação na sua atividade, a empresa disse que dependeria do sentimento relacionado com o preço do petróleo e às restrições do COVID-19.

relatou que Em 2020, a Polarcus viu os seus navios em lay-up por 30% do seu tempo, comparados com menos de 5% em 2019. A utilização caiu para 61% contra 79% em 2019.

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