Empresas sediadas em Singapura
começaram a preparar-se para fornecer combustível marítimo com um teor máximo
de 0,5% de enxofre, utilizando VLCC’s como armazenamento flutuante.
Cerca de 1 milhão de
toneladas de componentes para a produção de combustível de 0,5% de teor de
enxofre estão flutuam no mar da Malásia e de Singapura, disseram fontes do
mercado.
"Três a quatro VLCCs foram
usados como armazenamento de LSFO", disse um comercializador de óleo
combustível de uma empresa ocidental. “Os stocks
são, principalmente, componentes de óleo combustível com baixo teor de enxofre.
Deve haver alguns destilados médios e petróleo bruto com baixo teor de enxofre.”
Os regulamentos da
Organização Marítima Internacional indicam que o limite global do teor de
enxofre no combustível para navios será reduzido, dos atuais 3,5%, para 0,5% a
partir de 1 de Janeiro de 2020. Espera-se que a maior parte da procura por
combustível de bancas passe para o óleo combustível com baixo teor de enxofre
ou o gasóleo marítimo após a entrada em vigor do chamado IMO 2020.
Os VLCCs têm sido preferidos
pelos traders que procuram armazenar
componentes de baixo teor de enxofre devido, em parte, pelos navios possuírem
instalações de aquecimento a bordo – os componentes com baixo teor de enxofre
na Ásia geralmente têm um ponto de fluidez elevado, o que obriga a que esses
materiais tenham instalações de aquecimento na cadeia de fornecimento.
Mesmo assim, a
disponibilidade de combustíveis com baixo teor de enxofre na região será
relativamente limitada, disseram as fontes, dada a escala de procura por bancas
e a potencial necessidade de ter que mudar de combustível de alto teor de
enxofre para combustível de baixo teor.
A procura por combustível de
bancas com um limite máximo de 0,5% de enxofre está apenas a começar,
essencialmente devido aos armadores quererem testar o produto em testes no mar,
embora se presuma que as necessidades devem subir no quarto trimestre, segundo
alguns traders.
Fora da Ásia, existem também
empresas que iniciaram a armazenar produtos com baixo teor de enxofre, preparando-se
para a migração para combustíveis navais compatíveis.
Fonte: The Shipping Tribune
Recorde de novos superpetroleiros
a transportarem gasóleo para o ocidente
Fabricantes de navios na
Ásia estão a enviar um número recorde de novas construções de supertanques para
o oeste carregados com produtos derivados do petróleo, como o diesel, informou a empresa de recolha e
tratamento de dados Vortexa na quinta-feira, acrescentando que muitos mais se
lhes podem seguir.
Os navios-tanque de petróleo
muito grandes (VLCC) carregam, em geral, produtos de petróleo refinados ou
limpos na sua viagem inaugural antes de carregarem petróleo bruto.
Até agora este ano, a Vortexa contabilizou
sete novos VLCCs com carga de gasóleo (considerado um número recorde) – incluindo
diesel de ultra baixo teor de enxofre
(ULSD) – nas viagens inaugurais, igualando o número contabilizado em todo o ano
de 2018. E, segundo a empresa, “mais partidas poderão estar agendadas”,
referindo que tem informação que aponta a entrega de 15 VLCC’s já este ano e de
mais oito, provavelmente entregues até o final de Março.
Esta actividade coincidiu
com a queda dos stocks médios de
destilados na Europa e o aumento dos stocks
na Ásia, tornando as viagens para o oeste atraentes para os carregadores.
Três VLCC’s recém-construídos encontram-se, ao momento, a transportar
destilados médios, o “Laurel Olímpico”, o “Dijilah” e o “Ascona”, que navegam ao
largo da costa de Lomé, depois de partirem da Ásia, de acordo com dados fornecidos
pelas Refinitiv, Vortexa e traders.Fonte
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