Estaleiros coreanos no 1º
lugar em encomendas globais de navios em Fevereiro
Os construtores navais
sul-coreanos ficaram (no seu conjunto) em primeiro lugar no total de novos
pedidos em Fevereiro, superando os seus rivais chineses. Ou seja, os estaleiros
da Coreia do Sul ganharam, em Fevereiro, 630.000 toneladas brutas compensadas
(CGTs)* de novas encomendas – correspondentes à construção de oito navios.
Conforme relatado pela
agência de notícias Yonhap, dados do Clarkson Research Institute mostram que os
construtores navais sul-coreanos ficaram em primeiro no total de novos pedidos,
em Fevereiro, tendo os estaleiros locais recebido novas encomendas para um
total de 630.000 toneladas brutas compensadas (CGTs) – oito navios – os estaleiros
navais chineses ficaram em segundo lugar com 20.000 CGTs – um navio – e o Japão
em terceiro lugar com 10.000 CGTs – um navio.
Para o conjunto de Janeiro e
Fevereiro de 2019, os construtores chineses conquistaram encomendas que
totalizam 1,24 milhão de CGTs, seguidos pelos sul-coreanos com 1,21 milhão de
CGTs e estaleiros italianos com 240.000 CGTs.
No entanto, a China é a
primeira na lista de encomendas em carteira com 29,13 milhões de CGTs, seguida
pela Coreia do Sul com 21,75 milhões de CGTs e o Japão com 14,52 milhões de
CGTs.
Além disso, durante 2018, os estaleiros sul-coreanos ficaram em primeiro
lugar – pela primeira vez em sete anos – em termos de pedidos anuais
garantidos. O aumento das encomendas para os navios-tanque de GNL ajudou os
construtores navais coreanos a retomarem o primeiro lugar, que haviam perdido
para a China em 2012, ficando em segundos até 2017.Fonte
Nota* – A Tonelagem Bruta
Compensada (CGT) é um indicador da quantidade de trabalho necessária para
construir um determinado navio, sendo calculada multiplicando a tonelagem de um
navio por um coeficiente determinado de acordo com o tipo e tamanho de um
determinado navio.
O sistema CGT padrão foi
desenvolvido em 1977 pela OCDE para que a produção de construção naval entre
países pudesse ser razoavelmente comparada, já que os diferentes tipos de
navios exigem um maior ou menor grau de trabalho em relação à sua tonelagem
bruta. Por exemplo, ferries de
passageiros de um determinado tamanho exigem, substancialmente, mais trabalho
para construir do que um graneleiro do mesmo tamanho, devido aos diferentes
requisitos de projecto, estrutura interna e nível exigido de detalhes. Por esse
motivo, a comparação simples da tonelagem bruta (ou do porte bruto) de cada navio
poderia indiciar que eles representavam a mesma quantidade de trabalho, o que
não é correcto. Quando expandida em escala nacional, essa diferença poderia
induzir em erro as pessoas quanto à capacidade real de produção naval de um
determinado país.
A fórmula para calcular a
CGT foi revista pela OCDE em 2007, sendo a sua nova fórmula representada por:
cgt = A * gtB
Em que A representa a
influência do tipo de navio e B é a influência do tamanho do navio e gt na
tonelagem bruta do navio.
Apresentam-se os factores A
e B na tabela abaixo.
Tipo de navio
|
A
|
B
|
Petroleiros (casco duplo)
|
48
|
0,57
|
Petroleiros
|
84
|
0,55
|
Graneleiros
|
29
|
0,61
|
Navios de carga combinada
|
33
|
0,62
|
Navios de carga geral
|
27
|
0,64
|
Frigoríficos
|
27
|
0,68
|
Porta-contentores (puro)
|
19
|
0,68
|
Navios ro ro
|
32
|
0,63
|
Porta-automóveis
|
15
|
0,70
|
Navios-tanque de GLP
|
62
|
0,57
|
Navios-tanque de GNL
|
32
|
0,68
|
Ferries
|
20
|
0,71
|
Navios de passageiros
|
39
|
0,67
|
Embarcações de pesca
|
24
|
0,71
|
Navios que não transportam carga (NCCV)
|
46
|
0,62
|
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