12 de março de 2019

Construtores coreanos com 90% das encomendas


Estaleiros coreanos no 1º lugar em encomendas globais de navios em Fevereiro
Os construtores navais sul-coreanos ficaram (no seu conjunto) em primeiro lugar no total de novos pedidos em Fevereiro, superando os seus rivais chineses. Ou seja, os estaleiros da Coreia do Sul ganharam, em Fevereiro, 630.000 toneladas brutas compensadas (CGTs)* de novas encomendas – correspondentes à construção de oito navios.
Conforme relatado pela agência de notícias Yonhap, dados do Clarkson Research Institute mostram que os construtores navais sul-coreanos ficaram em primeiro no total de novos pedidos, em Fevereiro, tendo os estaleiros locais recebido novas encomendas para um total de 630.000 toneladas brutas compensadas (CGTs) – oito navios – os estaleiros navais chineses ficaram em segundo lugar com 20.000 CGTs – um navio – e o Japão em terceiro lugar com 10.000 CGTs – um navio.
Para o conjunto de Janeiro e Fevereiro de 2019, os construtores chineses conquistaram encomendas que totalizam 1,24 milhão de CGTs, seguidos pelos sul-coreanos com 1,21 milhão de CGTs e estaleiros italianos com 240.000 CGTs.
No entanto, a China é a primeira na lista de encomendas em carteira com 29,13 milhões de CGTs, seguida pela Coreia do Sul com 21,75 milhões de CGTs e o Japão com 14,52 milhões de CGTs.
Além disso, durante 2018, os estaleiros sul-coreanos ficaram em primeiro lugar – pela primeira vez em sete anos – em termos de pedidos anuais garantidos. O aumento das encomendas para os navios-tanque de GNL ajudou os construtores navais coreanos a retomarem o primeiro lugar, que haviam perdido para a China em 2012, ficando em segundos até 2017.
Fonte 


Nota* – A Tonelagem Bruta Compensada (CGT) é um indicador da quantidade de trabalho necessária para construir um determinado navio, sendo calculada multiplicando a tonelagem de um navio por um coeficiente determinado de acordo com o tipo e tamanho de um determinado navio.
O sistema CGT padrão foi desenvolvido em 1977 pela OCDE para que a produção de construção naval entre países pudesse ser razoavelmente comparada, já que os diferentes tipos de navios exigem um maior ou menor grau de trabalho em relação à sua tonelagem bruta. Por exemplo, ferries de passageiros de um determinado tamanho exigem, substancialmente, mais trabalho para construir do que um graneleiro do mesmo tamanho, devido aos diferentes requisitos de projecto, estrutura interna e nível exigido de detalhes. Por esse motivo, a comparação simples da tonelagem bruta (ou do porte bruto) de cada navio poderia indiciar que eles representavam a mesma quantidade de trabalho, o que não é correcto. Quando expandida em escala nacional, essa diferença poderia induzir em erro as pessoas quanto à capacidade real de produção naval de um determinado país.
A fórmula para calcular a CGT foi revista pela OCDE em 2007, sendo a sua nova fórmula representada por:
cgt = A * gtB
Em que A representa a influência do tipo de navio e B é a influência do tamanho do navio e gt na tonelagem bruta do navio.
Apresentam-se os factores A e B na tabela abaixo.
Tipo de navio
A
B
Petroleiros (casco duplo)
48
0,57
Petroleiros
84
0,55
Graneleiros
29
0,61
Navios de carga combinada
33
0,62
Navios de carga geral
27
0,64
Frigoríficos
27
0,68
Porta-contentores (puro)
19
0,68
Navios ro ro
32
0,63
Porta-automóveis
15
0,70
Navios-tanque de GLP
62
0,57
Navios-tanque de GNL
32
0,68
Ferries
20
0,71
Navios de passageiros
39
0,67
Embarcações de pesca
24
0,71
Navios que não transportam carga (NCCV)
46
0,62

 

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