O TT Club, um dos principais
fornecedores de serviços de seguros para o sector marítimo, enfatizou a
necessidade de se colocar o foco nos produtos perigosos, como forma de conseguir
maior segurança no transporte marítimo de contentores.
Dando como exemplo os
incidentes que envolveram o Yantian Express – navio da Hapag-Lloyd que sofreu incêndio
quando navegava para Halifax, vindo de Colombo – e o recente incêndio a bordo
do Grande America no Golfo da Biscaia, o TT Club destacou o aumento no número
de incêndios em contentores durante a sua passagem marítima, que têm vindo a afectar
os navios de carga.
De acordo com os
especialistas em avaliação de risco, esses incidentes causam, frequentemente, vítimas
e danos massivos nos navios, provocando milhões de dólares de prejuízo, tanto às
empresas do sector do transporte, como em perdas de carga.
Por outro lado, estes
incêndios em carga também criam grandes transtornos às inúmeras indústrias
envolvidas na cadeia marítima de abastecimento, tornando o movimento de
mercadorias globalmente menos eficiente.
Estudos recentes demonstram
que ocorrem incêndios em contentores, durante o transporte marítimo, a cada 60
dias; no entanto, em 2019 já sucederam quatro desses incidentes e ainda não
terminamos o 1º trimestre.
O TT Club também revelou
que, em 66% dos incidentes, os danos na carga se devem a práticas inadequadas
no processo geral de embalagem, incluindo a identificação de carga, a sua declaração
e identificação, a documentação e transferência de dados.
Em resultado dessas falhas,
o sector de seguros da Marine Aviation & Transport (MAT) é obrigado a pagar,
anualmente, mais de US $ 500 milhões por sinistros.
Segundo Peregrine Storrs-Fox,
director de gestão de riscos do TT Club, "um aspecto particularmente
crítico destes incidentes é a incorrecta declaração e o inconveniente manuseio
de produtos perigosos."
Embora os diferentes tipos
de carga sejam muitas vezes manuseadas de forma indevida, o processamento incorrecto
de mercadorias perigosas – que representam 10% de tudo que é movimentado,
anualmente, nas rotas marítimas – apresenta um risco maior de desastre para as
companhias de navegação.
Se 20% desses contentores
não forem manuseados correctamente – de acordo com as estimativas médias formuladas
durante as inspecções das autoridades – serão cerca de 1,3 milhão, os contentores
problemáticos, com mercadorias perigosas que viajam a bordo de navios
comerciais, todos os anos.
O TT Club afirmou que as linhas de contentores estão a tomar
providências para lidar com este problema, apresentando soluções como o Sistema
de Notificação de Incidentes de Carga (CINS) como forma de identificar
mercadorias que poderão causar problemas durante o transporte, acrescentando “acima
de tudo, é necessário que todos os envolvidos na cadeia de abastecimento tenham
uma percepção realista do risco e uma atitude responsável em relação à
responsabilidade.”Fonte
Será que a avaliação de risco do transporte de LNG em Contentores entre Lisboa e o Funchal está bem calculada?... Que tipo de certificação é necessária para este tipo de transporte?... É a mesma dos navios LPG ou a do LNG?... Ou é nenhuma?...
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