O
navio “Viking Sky” da empresa Viking Ocean Cruises – uma linha de cruzeiros que
oferece cruzeiros fluviais e oceânicos, com sede em Basileia, na Suíça – teve uma
falha mecânica em situação de condições meteorológicas especialmente adversas,
muito perto da linha de costa.
O
incidente ocorreu por volta da 14h a poucas milhas marítimas da costa da região
de Møre og Romsdal (no oeste da Noruega), uma região onde já ocorreram vários
naufrágios, quando o navio navegava de Tromsø (norte) para Stavanger (sudoeste),
com 1.373 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulantes – num cruzeiro de 12
dias, compartida de Bergen e témino em Londres-Greenwich, com o tema
"Northern Lights".
O
navio de cruzeiro, com o nº IMO 9650420 e bandeira norueguesa, tem uma
tonelagem de arqueação de 47842 e medindo 228.28m × 34m (cff x boca) é uma
unidade muito recente (2017), tendo capacidade para 930 passageiros.
Com
o navio sem propulsão, a uma distância perigosamente curta de terra e as
condições climatéricas extremas (a mídia
norueguesa relatou rajadas de vento de até 38 nós (71 km/h) e ondas acima de 8
metros (26 pés) na área), o capitão difundiu o pedido de emergência, pelo que
as autoridades desencadearam de imediato os procedimentos de busca e resgate,
com recurso a meios marítimos e aéreos.
Quatro
helicópteros iniciaram de imediato a operação de resgate dos passageiros. Chegaram
a ser 6 os helicópteros destacados para o efeito. Outros navios foram,
entretanto, desviados para a área, ao mesmo tempo que foi aberto um centro de
acolhimento em terra para os passageiros. Todas as equipas de busca e resgate disponíveis
na região trabalharam no resgate os passageiros, incluindo 60 voluntários da
Cruz Vermelha Norueguesa.
Posteriormente,
cerca de três horas depois (19:20), um navio de carga ("Hagland
Captain") com nove tripulantes, que havia sido desviado da sua rota na tentativa
de assistir o cruzeiro norueguês, também sofreu avaria de máquina com perda de
propulsão e a sua tripulação teve que se lançar às águas, para ser resgatada
pelos socorristas e dois helicópteros, entretanto desviados do primeiro cenário
de crise.
Os
1.373 passageiros e tripulantes a bordo do navio de 300 milhões de libras
esterlinas são originários de 16 países diferentes, a grande maioria turistas britânicos
e americanos.
Segundo
as autoridades, a operação de resgate continuou por toda a noite e, de acordo
com o jornal norueguês VG, as equipas de resgate retiraram 479 dos 1.373
passageiros e tripulantes do navio até ao início da tarde de hoje.
Entretanto,
o Centro de Resgate Conjunto da Noruega, disse ao The Guardian que o capitão do
Viking Sky havia solicitado que as evacuações fossem interrompidas devido ao
facto de a tripulação haver conseguido arrancar com outros dois motores,
seguindo o navio escoltado para o porto de Molde pelos seus próprios meios e
escoltado por dois rebocadores, a cerca de 7 a 8 nós.
A
Reuters informou que 479 das 1.373 pessoas a bordo haviam sido resgatadas.
Dessas, 20 foram hospitalizadas e, segundo a televisão pública norueguesa NRK,
três estarão em estado grave. A Viking informou, ainda, que os hóspedes serão
acomodados em hotéis locais quando chegarem a terra e que providenciará voos de
retorno para todos os hóspedes
Foram
surgindo ao longo das últimas horas Imagens dramáticas de dentro do navio, que
mostram passageiros aguardando pelo resgate e sofrendo as consequências dos
fortes balanços experimentados pelo navio.
Já
a meio da tarde deste domingo, o Viking Sky chegou a porto, com os restantes
passageiros e tripulantes sãos e salvos.
Há
cerca de um ano, mais precisamente a 12 de Março de 2018, o Viking Sky fez a
sua estreia na Madeira, numa escala de algumas horas no Porto do Funchal.
Bom trabalho de salvamento e do António que o publicou. Abraço
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