A Seabury Maritime LLC,
empresa global de assessoria em investimentos e merchant banking e indústria,
uma divisão do Seabury Capital Group LLC, lançou um artigo técnico (white paper), produzido em cooperação
com o Gemini Shippers Group, fornecendo informações e uma visão geral das
questões relacionadas. à implementação do regulamento IMO 2020 relativo às
emissões de óxido de enxofre.
A menos de 10 meses da
entrada em vigor do regulamento da IMO 2020 sobre emissões de óxido de enxofre,
a 1 de Janeiro, os transportadores e carregadores enfrentam uma desconfortável
incerteza sobre os seus efeitos potenciais nos custos e taxas de frete ao
entrarem no período de contratação 2019-2020 para a rota transpacífica. O
regulamento da IMO 2020 exige a redução da emissão de óxido de enxofre de 3,5%
m / m para 0,5% m / m.
“O prazo de 2020 para reduzir as emissões de
óxido de enxofre é uma das regulamentações mais significativas a afectarem o
transporte marítimo de linha na história recente”, comentou o vice-presidente
da Seabury Maritime, Nikos Petrakakos. "Com os custos de combustível que já
representam mais de 50% do total das despesas operacionais, a regulamentação IMO
2020 vai representar um aumento significativo demasiado para as operadoras
absorverem e permanecerem operacionais".
Com base na análise da
Seabury Maritime, “o que hoje custa aproximadamente US $ 1.600 para enviar um
contentor da China para a USEC, passará a custar mais US $ 600 após a entrada
em vigor do regulamento IMO 2020. Os carregadores devem estar preparados para partilhar
o risco de alterar os preços dos combustíveis através da avaliação dos cálculos,
razoáveis e transparentes, da sobretaxa de combustível.”
O white paper detalha que a falta de padrões industriais para o cálculo
de sobretaxas de combustível ou uma visão clara dos custos subjacentes para o
combustível com baixo teor de enxofre permite que os participantes estimassem,
apenas aproximadamente, o seu impacto económico. Vários factores que afectam o
cálculo das sobretaxas de combustível das transportadoras tornam-no complexo, pelo
que é sempre tão importante fazê-lo com transparência, para poder construir a
confiança de ambos os lados.
Kenneth O'Brien, director de
operações do Gemini Shippers Group, comentou: “Por meio de nossa colaboração
com os nossos parceiros na Seabury Maritime, identificamos os riscos inerentes
e os factores de custos representados pelo regulamento IMO 2020. Foi nosso
desejo adicionar transparência aos problemas, ajudando, tanto os
transportadores, quanto os carregadores a atravessar a temporada de contratação
de 2019-2020.”
Petrakakos explica, ainda,
que “a intenção deste white paper é
promover o diálogo aberto entre operadoras e transportadoras, fornecendo uma
visão e um entendimento geral sobre as métricas usadas por trás dos cálculos de
´bancas.” Os principais argumentos do white
paper incluem:
• 1º de Janeiro de 2020
marcará a implementação total dos regulamentos da IMO 2020 em ordem à redução do
enxofre nas emissões;
• Emissão de óxido de 3,5% m
/ m para 0,5% m / m. As operadoras têm várias formas de cumprir essas novas
regras. Cada método encerra vantagens, desvantagens e implicações de custo;
• Novos padrões de emissão
levarão a melhorias significativas na poluição derivada das emissões dos
navios;
• A conformidade levará a um
aumento nos custos operacionais, que as transportadoras tentarão endossar aos
expedidores por meio de novas fórmulas de bancas;
• As negociações dos
contratos trans-Pacífico 2019-2020 ocorrerão em clima de incerteza sobre este perspectivado
aumento de custos;
• Os carregadores devem
aceitar e assumir que os benefícios das melhorias ambientais acarretam alguns aumentos
nos custos do combustível de baixo teor de enxofre, pelo que se devem empenhar num
diálogo total e numa revisão dos factores comerciais decorrentes da sobretaxa
de combustível com os seus parceiros transportadores; e
• Se os custos de
combustível já representam mais de 50% do total das despesas operacionais dos
navios, e a IMO 2020 representa um aumento significativo das mesmas, é por demais
evidente que é impossível às operadoras absorverem por si só estes custos e
permanecerem operacionais.
“A transparência é a chave
para criar confiança de que as operadoras estão, realmente, a passar esses novos
custos de forma justa. A maioria dos dados sobre combustível pode parecer um
importante segredo comercial, mas uma maior transparência pode levar a
relacionamentos mais profundos e menor contestação de clientes suspeitos,
enquanto melhor realça os esforços das operadoras na melhoria da eficiência de
combustível e redução dos custos. A falta de clareza pode até mesmo causar um blackout injusto para os transportadores,
nalguns casos, apenas por falta de compreensão das métricas”, conclui
Petrakakos.
É imprescindível garantir a
saúde financeira das cadeias de abastecimento das transportadoras e carregadores
por isso a necessidade de um método transparente para calcular as sobretaxas de
combustível e o impacto do custo do combustível com baixo teor de enxofre.
O white paper foi apresentado durante a Conferência Marítima
Transpacífica do Journal of Commerce realizada de 3 a 6 de Março em Long Beach,
CA.
Entretanto, ciente da
importância da aplicação deste importante Regulamento IMO 2020, o COMM – Clube
dos Oficiais da Marinha Mercante leva a efeito o Seminário intitulado
“DESCARBONIZAÇÃO – O Maior Desafio Tecnológico do Shipping (impactes
tecnológicos e sociais), sendo o orador convidado o Sr. Professor Doutor Jorge
Antunes.
O Seminário realizar-se-á no
Auditório COMM, na Travessa de São João da Praça, nº 21, em Alfama, Lisboa, com
início programado para as 17 horas.
A entrada será livre, embora careça de inscrição prévia pelo endereço
electrónico secretaria.comm@gmail.com,
pelo telefone nº 218 880 781 ou pelo telemóvel nº 913 421 221.Ler mais sobre Seminário
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