O Centro de Coordenação Conjunta (JCC) anunciou uma nova rota para navios mercantes entrando e saindo dos três portos ucranianos de Odesa, Chornomorsk, Pivdennyi/Yuzhny sob a Iniciativa de Cereais do Mar Negro. A nova rota tem 320 milhas náuticas e liga os três portos ucranianos com as áreas de inspeção dentro das águas territoriais turcas.
O corredor marítimo humanitário, que faz parte desta rota, estende-se desde a fronteira do mar territorial ucraniano até um ponto de passagem sul. A rota entrou em vigor a partir de 26 de agosto.
Esta rota foi ajustada após três semanas iniciais de operações. Permite um trânsito mais curto no corredor marítimo humanitário e um planeamento mais fácil para o setor de transporte marítimo.
A rota prevê que, ao transitar pelo corredor marítimo humanitário, não exista qualquer navio militar, aeronave ou veículo aéreo não tripulado que se possa aproximar num raio de 10 milhas náuticas de qualquer embarcação engajada na Iniciativa e transitando pelo corredor.
As novas coordenadas foram divulgadas através do sistema de navegação internacional NAVTEX.
Os procedimentos do JCC estabelecem que qualquer embarcação comercial que encontre provocações ou ameaças ao transitar pelo corredor deve informar imediatamente o JCC.
"A BIMCO recomenda fortemente que os navios da Black Sea Grain Initiative façam uso da nova rota"
Em julho, a Rússia e a Ucrânia assinaram um acordo histórico para reabrir os portos ucranianos do Mar Negro para exportação de grãos, aumentando as esperanças de que uma crise alimentar internacional agravada pela invasão russa possa ser aliviada.
A passagem segura para dentro e para fora dos portos seria garantida no que um funcionário chamou de “cessar-fogo real” para os navios e instalações cobertas, disseram eles, embora a palavra “cessar-fogo” não estivesse no texto do acordo.
Monitorizados por um Centro de Coordenação Conjunto com sede em Istambul, os navios transitariam pelo Mar Negro até o estreito de Bósforo na Turquia e seguiriam para os mercados mundiais.
O objetivo é ajudar a evitar a fome entre dezenas de milhões de pessoas em países mais pobres, injetando mais trigo, óleo de girassol, fertilizantes e outros produtos nos mercados mundiais, inclusive para necessidades humanitárias, em parte a preços mais baixos.
Sem comentários:
Enviar um comentário