14 de junho de 2021

“FSO Safer”: não é se, é quando... e o impacto pode ser dantesco

A ONU está desapontada com o facto de os rebeldes Houthi do Iémen estarem a atrasar uma missão de reparação de emergência de um navio petroleiro em decomposição, que pode derramar a sua carga de um milhão de barris no Mar Vermelho.

Especificamente, fontes relatam que o porta-voz da ONU Stephane Dujarric informou que as negociações com os Houthis apoiados pelo Irão não aprovaram a missão de abordar o FSO Safer (ao momento encalhado) e reparar a parte do seu casco que está a verter.

Segundo o que explicou o Sr. Dujarric, os Houthis “não estavam prontos para fornecer as garantias de que precisamos para enviar uma missão da ONU ao navio-tanque FSO Safer”.

Ou seja, a ONU quer que engenheiros inspecionem a embarcação e façam as reparações urgentes necessárias, mas os Houthis não autorizam a missão.

O navio está encalhado a oito quilómetros a sudoeste do terminal petrolífero Ras Isa, 60 quilómetros ao norte do porto de Hodeidah, detido pelos Houthis, desde 2015. Segundo especialistas, o navio pode romper a qualquer momento, arriscando a libertação de 1,1 milhões de barris de petróleo bruto no mar.

Quanto à ONU, tem pedido, repetidamente, aos Houthis que lhes permitam impedir um desastre ambiental marinho, com os oficiais Houthi aprovarem uma missão em 2020, para logo a seguir o impedirem.

Se ocorre um derrame, danificaria as indústrias de turismo, pesca e dessalinização no Iémen, Arábia Saudita, Israel, Jordânia, Egito, Sudão, Eritreia e Djibuti, além de comprometer e prejudicar uma rota de navegação responsável por até 15% de comércio global.

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