O governo espanhol deteve um petroleiro por, supostamente, derramar uma grande quantidade de hidrocarbonetos no Atlântico, ao largo das Ilhas Canárias. O porto de escala mais recente do M/T Aldan pode ter sido na Venezuela.
O ministério de transportes da Espanha, MITMA, disse que o Aldan, com bandeira da Libéria, está detido no porto de Almeria após um derrame que se espalhou por uma área de 55 km².
"O navio permanecerá detido até que seus administradores procedam ao depósito da fiança fixada", disse o MITMA. "Dada a gravidade dos acontecimentos, eles podem enfrentar uma das maiores sanções impostas até agora."
O proprietário final da carga do Aldan é, provavelmente, a Muhit Maritime FZE, que está sediada na Zona Franca de Jebel Ali, Emirados Árabes Unidos, de acordo com os documentos de registo da IMO.
Não é claro, contudo, qual o produto que o navio-tanque transporta. No mês passado, carregou 150.000 bl de gasolina em nome da ES Euro Shipping, com sede na Suíça, da estatal Paria Fuel Trading, de Trinidad, com destino a Aruba. Mas várias fontes de transporte disseram que em vez disso, terá entrado em águas venezuelanas. A Venezeula sofre, neste momento, uma escassez aguda de gasolina. Se o Aldan fez escala num porto venezuelano, é possível que esteja transportando petróleo pesado ou óleo combustível daquele país.
O comércio de petróleo com a Venezuela traz sensibilidades políticas complicadas, por causa das sanções dos EUA que foram impostas por Washington em janeiro de 2019. A maior parte das exportações de petróleo da Venezuela terminam na província chinesa de Shandong, lar de grande parte do setor de refinação independente desse país, mas mesmo esta poderia ser fechada pela recente imposição de Pequim de um novo imposto de importação.
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