Os pequenos portos podem igualar
ou, até, terem melhor conectividade com as grandes linhas, segundo um novo
índice global de conectividade de portos de serviço contentorizado publicado
pela consultora de transporte Drewry.
Entre os 20 maiores portos
globais, que utilizam esta nova metodologia, Xangai tem o índice mais elevado (100),
estando directamente conectado por serviços de transporte de linha a todas as regiões
do mundo e com o maior número de escalas semanais de linhas principais, com 168
no total. Isto poderá não ser surpreendente, já que estamos a falar no maior
porto de contentores do mundo.
Dada a escala da indústria
portuária de contentores na Ásia e a localização dos principais portos gateway e hub, também, segundo a Drewry, não é surpreendente que nove dos dez
maiores portos estejam na Ásia.
O décimo lugar é ocupado pelo
porto norte-europeu de Roterdão, mas com um índice de conectividade de apenas
um terço de Xangai.
O índice regular de conectividade
de porto foi lançado para classificar e monitorizar o quanto está o porto bem
conectado aos outros portos de contentores do mundo, sem levar em consideração
o tamanho dos navios. Mesmo que um porto grande com a mesma gama de serviços de
transporte marítimo, embora com navios maiores, possa, provavelmente, gerar maior
volume total, o seu índice de conectividade pode não ser melhor do que um port
menor com a mesma gama de serviços de linha.
Tomando um foco regional e usando
a América do Norte como exemplo, os quatro melhores lugares são ocupados pelos
portos da Costa Leste, com Savannah em primeiro lugar por ter a melhor
combinação de escalas de serviço por linha principal e as regiões do mundo directamente
servidas.
Los Angeles, o maior porto da
região norte-americana, é apenas o sexto da tabela, enquanto Long Beach, o
segundo maior, não está entre os 10 melhores. Isto acontece porque os portos
concentradores de uma ou duas rotas comerciais não classificarão tão bem quanto
aqueles com uma ampla gama de regiões servidas de forma directa.
Da mesma forma, no Reino Unido, o
London Gateway está melhor classificado neste índice do que Felixstowe e
Southampton, apesar de apenas operar cerca de um quarto de Felixstowe e menos
da metade de Southampton.
Com esta nova análise, que se
concentra no número de escalas de serviços de linha principais semanais por cada
porto e no número de regiões mundiais com as quais cada porto está directamente
conectado, a Drewry irá acompanhar os portos que vão ganhando ou perdendo conectividade,
a cada trimestre, e procurar explicar porquê e quais são as implicações.
“Para os carregadores, a conectividade do porto é tanto,
ou mais, importante quanto o dimensão do poro ou da escala. Ter a maior gama
possível de serviços directos é uma vantagem competitiva significativa para
todo e qualquer porto”, concluiu a Drewry.Fonte
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