11 de dezembro de 2017

Portos menores podem oferecer tanta, ou mais, conectividade de linhas como os maiores?

Os pequenos portos podem igualar ou, até, terem melhor conectividade com as grandes linhas, segundo um novo índice global de conectividade de portos de serviço contentorizado publicado pela consultora de transporte Drewry.
Entre os 20 maiores portos globais, que utilizam esta nova metodologia, Xangai tem o índice mais elevado (100), estando directamente conectado por serviços de transporte de linha a todas as regiões do mundo e com o maior número de escalas semanais de linhas principais, com 168 no total. Isto poderá não ser surpreendente, já que estamos a falar no maior porto de contentores do mundo.
Dada a escala da indústria portuária de contentores na Ásia e a localização dos principais portos gateway e hub, também, segundo a Drewry, não é surpreendente que nove dos dez maiores portos estejam na Ásia.
O décimo lugar é ocupado pelo porto norte-europeu de Roterdão, mas com um índice de conectividade de apenas um terço de Xangai.
O índice regular de conectividade de porto foi lançado para classificar e monitorizar o quanto está o porto bem conectado aos outros portos de contentores do mundo, sem levar em consideração o tamanho dos navios. Mesmo que um porto grande com a mesma gama de serviços de transporte marítimo, embora com navios maiores, possa, provavelmente, gerar maior volume total, o seu índice de conectividade pode não ser melhor do que um port menor com a mesma gama de serviços de linha.
Tomando um foco regional e usando a América do Norte como exemplo, os quatro melhores lugares são ocupados pelos portos da Costa Leste, com Savannah em primeiro lugar por ter a melhor combinação de escalas de serviço por linha principal e as regiões do mundo directamente servidas.
Los Angeles, o maior porto da região norte-americana, é apenas o sexto da tabela, enquanto Long Beach, o segundo maior, não está entre os 10 melhores. Isto acontece porque os portos concentradores de uma ou duas rotas comerciais não classificarão tão bem quanto aqueles com uma ampla gama de regiões servidas de forma directa.
Da mesma forma, no Reino Unido, o London Gateway está melhor classificado neste índice do que Felixstowe e Southampton, apesar de apenas operar cerca de um quarto de Felixstowe e menos da metade de Southampton.
Com esta nova análise, que se concentra no número de escalas de serviços de linha principais semanais por cada porto e no número de regiões mundiais com as quais cada porto está directamente conectado, a Drewry irá acompanhar os portos que vão ganhando ou perdendo conectividade, a cada trimestre, e procurar explicar porquê e quais são as implicações.
“Para os carregadores, a conectividade do porto é tanto, ou mais, importante quanto o dimensão do poro ou da escala. Ter a maior gama possível de serviços directos é uma vantagem competitiva significativa para todo e qualquer porto”, concluiu a Drewry.
Fonte

Sem comentários:

Enviar um comentário