7 de dezembro de 2017

ILA interrompe negociações com a USMX

As negociações entre a International Longshoremen's Association (ILA) e a United States Maritime Alliance (USMX) foram interrompidas quarta-feira quando era discutida uma proposta de portos totalmente automatizados, segundo noticia a JOC.com.
As negociações que começaram esta semana procuravam estender o actual contrato entre os trabalhadores portuários da East Coast e dos portos por mais cinco anos, 10 meses antes da data determino de validade de 30 de Setembro de 2018.
No final, as duas partes disseram não ter chegado a acordo no que define um porto totalmente automatizado. A USMX procura negociar a favor de veículos não tripulados nos terminais, mas a ILA protesta contra qualquer automação que retire mão-de-obra das operações.
As conversações entre os empregadores dos portos e os trabalhadores portuários são como a maioria das outras batalhas sindicais – os empregadores procuram manter uma vantagem comercial, enquanto os trabalhadores se preocupam apenas com as vantagens próprias.
Mas, ao contrário da maioria das negociações, as conversações entre os representantes portuários (de ambas as costas) e os seus trabalhadores portuários têm sido propensas a resultar em duras batalhas, que não raramente se estendem a outras paragens (como a Europa, p.ex.). Na maioria das vezes, as negociações são vistas como "conversações para a manutenção da paz laboral", não como uma luta pelo aumento de salários ou lucros.
A razão é que os trabalhadores portuários têm uma força incrível sobre a economia dos EUA. Dois sindicatos, apenas, controlam a maior parte do trabalho portuário nos portos dos EUA e, como resultado, têm uma notável capacidade de se mobilizar contra os empregadores. Enquanto isso, os portos – enquanto empresas – são meramente intermediários nas cadeias de abastecimentos, que podem ser punidos pelos expedidores, operadores e fornecedores de logística pelos atrasos no embarque. Quando os trabalhadores portuários atacam, como fizeram sob a administração Obama, podem custar à economia milhares de milhões de dólares.
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