As negociações entre a International Longshoremen's
Association (ILA) e a United States Maritime Alliance (USMX) foram
interrompidas quarta-feira quando era discutida uma proposta de portos
totalmente automatizados, segundo noticia a JOC.com.
As negociações que começaram esta semana procuravam estender
o actual contrato entre os trabalhadores portuários da East Coast e dos portos
por mais cinco anos, 10 meses antes da data determino de validade de 30 de
Setembro de 2018.
No final, as duas partes disseram não ter chegado a acordo
no que define um porto totalmente automatizado. A USMX procura negociar a favor
de veículos não tripulados nos terminais, mas a ILA protesta contra qualquer
automação que retire mão-de-obra das operações.
As conversações entre os empregadores dos portos e os
trabalhadores portuários são como a maioria das outras batalhas sindicais – os
empregadores procuram manter uma vantagem comercial, enquanto os trabalhadores
se preocupam apenas com as vantagens próprias.
Mas, ao contrário da maioria das negociações, as
conversações entre os representantes portuários (de ambas as costas) e os seus
trabalhadores portuários têm sido propensas a resultar em duras batalhas, que
não raramente se estendem a outras paragens (como a Europa, p.ex.). Na maioria
das vezes, as negociações são vistas como "conversações para a manutenção
da paz laboral", não como uma luta pelo aumento de salários ou lucros.
A razão é que os trabalhadores portuários têm uma
força incrível sobre a economia dos EUA. Dois sindicatos, apenas, controlam a
maior parte do trabalho portuário nos portos dos EUA e, como resultado, têm uma
notável capacidade de se mobilizar contra os empregadores. Enquanto isso, os
portos – enquanto empresas – são meramente intermediários nas cadeias de
abastecimentos, que podem ser punidos pelos expedidores, operadores e
fornecedores de logística pelos atrasos no embarque. Quando os trabalhadores
portuários atacam, como fizeram sob a administração Obama, podem custar à
economia milhares de milhões de dólares.Fonte
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