O tráfego de contentores dentro da Ásia está a aumentar de
acordo com as estatísticas do comércio, mas as operadoras ainda não estão a beneficiar,
dizem os analistas da Consultora Drewry.
Conforme relatado na semana passada, o tráfego de contentores
subiu no primeiro trimestre de 2017 cerca de 10% graças, em grande parte, a uma
rápida escalada nos volumes intra-regionais, particularmente, na Ásia.
Os dados provisórios sobre o comportamento do comércio no
primeiro trimestre da DTS, indicam que o comércio de contentores na Ásia,
abrangendo a Grande China, o Norte da Ásia e o Sudeste Asiático, subiu 23,5% em
relação ao ano anterior, tendo chegado aos 10,8 milhões de TEU.
Este facto é tanto mais notável, sabendo-se que sucede a um
crescimento zero durante 2016.
O tráfego mais movimentado e com crescimento mais rápido
dentro do Intra-Ásia no trimestre ocorreu entre a China para / do Sudeste
Asiático, que cresceu 36% para 3,4 milhões de TEU.
Assim, com o crescimento tão vincado da procura, será que as
operadoras intra-asiáticas estão a verificar recompensas financeiras? Não,
ainda não, de acordo com o índice de Frete Intra-Ásia da Drewry.
As taxas médias no Intra-Ásia estão, apenas agora, a mostrar
uma ligeira inflexão de subida, tendo estado cerca de 18 meses estagnadas nos
US $ 750 por contentor de 40 pés, disse a Drewry. Ao mesmo tempo, as operadoras
especializadas na Intra-Ásia, Wan Hai e Regional Container Lines, registaram
perdas operacionais no primeiro trimestre de 2017. Para Wan Hai, que antes
superava os seus rivais mais globais nas margens operacionais, esta representou
o terceiro trimestre de perdas em cinco anos.
A fraqueza das taxas spot
no Intra-Ásia e os decepcionantes resultados das operadoras não desestabilizam,
necessariamente, o historial de procura em alta, mas poderão reflectir que, à
medida que os volumes aumentaram, também aumentou o número e o tamanho dos
navios porta-contentores no tráfego, levando a que o equilíbrio entre a oferta
e a procura se tenha deteriorado, disse Drewry.
A proximidade das economias em rápido crescimento e dos
centros fabris fazem com que as perspectivas para os volumes de contentores na
Ásia sejam muito mais favoráveis do que noutras regiões, algumas das quais têm
dado sinais pouco claros sobre o seu comportamento no comércio nos próximos
tempos, disse a Drewry.Fonte
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