Autoridades da África Ocidental detiveram sete navios
chineses por pescarem ilegalmente nas suas águas, incorrendo os seus proprietários
em multas de vários milhões de dólares, disseram activistas do grupo
ambientalista Greenpeace.
Inspectores da Guiné, Serra Leoa e Guiné-Bissau embarcaram
nos navios a partir das respectivas costas, tendo descoberto que eles estavam a
violar os regulamentos sobre a captura de peixe de espécies protegidas e a usar
redes com malha reduzida para facilitar a captura.
As prisões aconteceram depois de uma patrulha regional de
dois meses num navio da Greenpeace, o Esperanza. A patrulha, que levava
inspectores locais de países da África Ocidental, tinha como objectivo de dar
relevo ao problema e complementar os esforços nacionais, que são muitas vezes
prejudicados pelas restrições orçamentais e tecnológicas, o que torna as
detenções relativamente raras.
A África Ocidental tem parte das águas mais ricas do mundo
em termos piscícolas, que desde há séculos são pescados por pequenos barcos
locais. Mas as existências estão a ser depauperadas por arrastões industriais,
alguns dos quais estão a operar ilegalmente, rapando o leito marinho dos
oceanos, diz a Greenpeace.
Um estudo recente da Frontiers in Marine Science estimou as
perdas anuais da África Ocidental devido a pesca ilegal e não regulamentada em mais
de US $ 2,3 mil milhões.
Alguns dos navios foram libertados após o pagamento de multas.
Outros ainda estão sob investigação. A Greenpeace não revelou quais as empresas
responsáveis pelas infracções.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores
chinês, Geng Shuang, disse que a China se opõe consistentemente a todas as
formas de pesca ilegal e exige que as empresas chinesas operem legalmente e de
acordo com as regras e de forma a protegerem o ambiente marítimo.Fonte
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