Piratas e ladrões armados atacaram 43 navios e capturaram 58
marítimos no primeiro trimestre de 2017, um pouco mais que no mesmo período do
ano passado, de acordo com o último relatório da ICC sobre a pirataria (International
Maritime Bureau’s (IMB).
O relatório global destaca a violência persistente em pontos
ao largo da Nigéria e em redor do sul das Filipinas – onde dois tripulantes
foram mortos em fevereiro. A Indonésia também relatou incidentes frequentes,
principalmente furtos de baixo valor em embarcações ancoradas.
No total, 33 navios foram invadidos e quatro atingidos a
tiro nos primeiros três meses de 2017. Piratas armados sequestraram dois
navios, ambos ao largo da costa da Somália, onde nenhum navio mercante havia
sido sequestrado desde maio de 2012. Foram também contabilizados outros quatro
incidentes, segundo o IMB.
De acordo com o relatório do IMB, existem, neste momento,
três grandes preocupações:
1. Sequestros do Golfo da Guiné
Dos 27 marinheiros sequestrados com exigência de resgate, em
todo o mundo, entre janeiro e março de 2017, 63% sucederam no Golfo da Guiné. A
Nigéria é o principal foco de crise de sequestros, com 17 tripulantes levados
em três incidentes separados, contra 14 no mesmo período do ano passado. Todos
os foram atacados enquanto a navegar entre 30-60 milhas náuticas ao largo da
costa de Bayelsa. Três outros navios mais foram atingidos por disparos até 110
milhas náuticas de terra, acreditando-se que muitos outros ataques tenham
sucedido, embora não declarados.
2. Crescente violência no sul das Filipinas
Nove navios relataram ataques no primeiro trimestre de 2017
no sul das Filipinas, em comparação com apenas dois no mesmo período do ano
passado. Estes incluem um ataque armado a um navio de carga geral em que dois
tripulantes foram mortos e cinco sequestrados com exigência de resgate. Os sequestradores
capturaram mais cinco pessoas em ataques perpetrados contra um pesqueiro e um
rebocador.
De acordo com o IMB, a actividade militante (guerrilha) pode
estar por trás da escalada da violência nas águas ao sul das Filipinas. Os
grupos armados usam lanchas rápidas para atacar os marinheiros e pescadores em
embarcações de baixa velocidade. Áreas como o Sulu e a Passagem de Sibutu são
particularmente arriscadas. A IMB recomenda que os navios evitem estas águas.
3. Primeiros ataques somalis após cinco anos de calma
Os piratas somalis sequestraram, com sucesso, um
pequeno petroleiro de abastecimento e um dhow
tradicional, ambos dentro de suas águas territoriais. Um total de 28
tripulantes foram tomados como reféns e, posteriormente, libertados num prazo
relativamente curto. A IMB suspeita que esses incidentes foram oportunistas,
especialmente porque os navios sequestrados não seguiram as recomendações das
Melhores Práticas de Gestão para a Protecção contra a Pirataria com Base na
Somália (BMP4).Fonte
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