2 de maio de 2017

O crescente comércio de importação conduziu ao congestionamento portuário da China

Os portos chineses estão a enfrentar um enorme congestionamento causado pelo mau tempo, pela reestruturação das redes de alianças, pelos navios cada vez maiores e pela urgência dos carregadores em transportar a carga antes dos planeados aumentos das tarifas, de acordo com a consultoria Drewry.
Outro factor é, simplesmente, o facto de estarem confrontados com o excesso de procura interna. Os 10 principais portos da China registaram um aumento anual de 6% no primeiro trimestre de 2017. Não é coincidência que os portos que enfrentam maior congestionamento tenham, em simultâneo, registado maiores ganhos: Qingdao com 12%, Xangai com 10% e Ningbo com 9%.
Alguns dos problemas, como a neblina e as adaptações das novas alianças, passarão em breve, disse a Drewry, mas não reduzirão a probabilidade de congestionamento futuro em alguns dos mais movimentados portos de contentores do mundo.
Os portos da China tendem a não ficar sobrecarregados por longos períodos de permanência dos contentores em terminais, uma vez que as caixas tendem a ser carregadas rapidamente para exportação. No entanto, a crescente entrada de importações poderá, muito bem, a estar a colocar uma pressão, até agora não visível, nos terminais chineses, que ainda não se adaptaram. Esta situação tem características de tendência a mais longo prazo, a menos que seja remediado pelo aumento da capacidade dos portos que, no entanto já estão próximos, se não além, dos seus níveis de utilização máximos reais.
Os portos e terminais de todo o mundo, e não apenas na China, têm vindo a ser desafiados pelas operadoras a se adaptarem às suas novas exigências. De uma forma geral, têm conseguido, mas para se conseguir uma maior movimentação, sem atrasos, exige maior investimento e desfragmentação (fusão com) de terminais vizinhos.
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