15 de junho de 2017

Resíduos radioactivos encontrados em FPSO da Maersk; foi suspenso o seu desmantelamento

O Tribunal Superior de Bangladesh interrompeu o desmantelamento do petroleiro de produção e armazenamento de petróleo flutuante do Mar do Norte, após a descoberta de substâncias radioactivas a bordo do navio.
As substâncias radioactivas acumuladas ao longo dos anos de processamento de petróleo bruto foram encontradas em tubos internos, com nível radioactivo acima de permitido, informou a TV2 dinamarquesa.
"Na sequência de uma petição apresentada pela Associação de Advogados Ambientais do Bangladesh (BELA), os tribunais decretaram a paralisação do desmantelamento do navio", confirmou a Plataforma ONG aos órgãos de comunicação.
Em simultâneo, as autoridades ambientais do Reino Unido, DEFRA, estão a investigar as circunstâncias que envolvem a exportação do FPSO com carga de resíduos perigosos, do rio Tees, no Reino Unido, para Bangladesh.
O FPSO, anteriormente propriedade da Maersk, deixou o Reino Unido em maio de 2016 e foi rebocado para Bangladesh, onde chegou a 14 de agosto de 2016, tendo sido encalhado dois dias depois no estaleiro de desmanche de Janata Steel ,em Chittagong.
A ONG Ship Breakaking Platform disse em Outubro de 2016 que o navio provavelmente continha grandes quantidades de resíduos altamente contaminados, incluindo materiais radioactivos que ocorrem naturalmente (NORM).
Os estaleiros de embarque de Bangladesh não estão equipados com nenhuma infra-estrutura que possa remover e descartar com segurança tais resíduos tóxicos.
Conforme divulgado pela Maersk na altura, o navio foi vendido para uso operacional posterior, sem revelar a identidade do comprador.
Por outro lado e de acordo com a plataforma, o navio foi autorizado a entrar em Bangladesh com base num certificado falso, que atestava que o petroleiro não continha qualquer material perigoso.
A Maersk ainda não se pronunciou, oficialmente, sobre o assunto.
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