O Tribunal Superior de Bangladesh interrompeu o desmantelamento
do petroleiro de produção e armazenamento de petróleo flutuante do Mar do
Norte, após a descoberta de substâncias radioactivas a bordo do navio.
As substâncias radioactivas acumuladas ao longo dos anos de
processamento de petróleo bruto foram encontradas em tubos internos, com nível radioactivo
acima de permitido, informou a TV2 dinamarquesa.
"Na sequência de uma petição apresentada pela
Associação de Advogados Ambientais do Bangladesh (BELA), os tribunais decretaram
a paralisação do desmantelamento do navio", confirmou a Plataforma ONG aos
órgãos de comunicação.
Em simultâneo, as autoridades ambientais do Reino Unido,
DEFRA, estão a investigar as circunstâncias que envolvem a exportação do FPSO com
carga de resíduos perigosos, do rio Tees, no Reino Unido, para Bangladesh.
O FPSO, anteriormente propriedade da Maersk, deixou o Reino
Unido em maio de 2016 e foi rebocado para Bangladesh, onde chegou a 14 de
agosto de 2016, tendo sido encalhado dois dias depois no estaleiro de desmanche
de Janata Steel ,em Chittagong.
A ONG Ship Breakaking Platform disse em Outubro de 2016 que
o navio provavelmente continha grandes quantidades de resíduos altamente
contaminados, incluindo materiais radioactivos que ocorrem naturalmente (NORM).
Os estaleiros de embarque de Bangladesh não estão equipados
com nenhuma infra-estrutura que possa remover e descartar com segurança tais
resíduos tóxicos.
Conforme divulgado pela Maersk na altura, o navio foi
vendido para uso operacional posterior, sem revelar a identidade do comprador.
Por outro lado e de acordo com a plataforma, o navio foi
autorizado a entrar em Bangladesh com base num certificado falso, que atestava que
o petroleiro não continha qualquer material perigoso.
A Maersk ainda não se pronunciou, oficialmente, sobre
o assunto.Fonte
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