8 de junho de 2017

A China abre mercado interno de minério de ferro e derivados de petróleo a estrangeiros

A China compra mais matérias-primas do que qualquer nação, mas isso não significa que obtenha, sempre, os melhores preços. Assim, o governo procura alterar o acesso às trocas domésticas de matérias-primas, para conseguir atrair mais investidores estrangeiros e, dessa forma, expandir a influência do país nos mercados globais.
Duas décadas de crescimento económico rápido deixaram a maior população do mundo a consumir mais alimentos, energia e metais do que pode produzir, transformando o país num importador de energia. Ainda assim, o valor de muitas matérias-primas compradas, do petróleo bruto à soja, é estabelecido por referenciais globais, com o preço em dólares e negociados em bolsa, em países terceiros, onde os mercados são mais abertos.
Depois de anos de estabelecimento de mercados locais, apenas para produtos-chave, como cereais em Dalian e metais em Xangai, a China quer alargar os tipos de investimentos permitidos a estrangeiros. Os operadores cambiais também planeiam adicionar contratos de futuros para produtos-chave, incluindo porcos, maçãs, fio de algodão, celulose, adubo de ureia e cobre.
A internacionalização do seu mercado de futuros pode impulsionar a influência da China sobre os preços globais e ajudá-la a tornar-se uma price-maker em vez de uma price-taker. Isto permitirá beneficiar a estratégia da China na promoção do uso global do yuan, libertando os produtores nacionais dos riscos cambiais.
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