O corte dos laços diplomáticos entre o Qatar e os seus
vizinhos no Golfo apanhou o mercado de surpresa, causando muita preocupação no
meio da crescente incerteza em torno do impacto da crise no sector de
navegação.
Sendo o maior exportador de GNL do mundo, assumiu-se que o sector
de transporte de GNL seria afectado pelas sanções impostas aos navios qataris
na sequência da cisão diplomática. No entanto, o impacto no sector acabou por
ser pequeno, já que a maior parte da sua carga não é vendida para os seus
vizinhos hostis, mas para países asiáticos como Índia, China, Coreia do Sul e
Japão.
Os números de 2016 mostram que cerca de 66% da produção GNL
do Qatar foram exportados para países asiáticos. Uma vez que as sanções não se
aplicam a esta região, não houve grandes distúrbios na rota comercial, pelo que
os padrões de transporte de GNL não sofreram alterações importantes.
São principalmente os países europeus que sentirão o impacto
da crise Qatari, embora de efeito pouco determinante. O principal impacto será provocado
pelo desvio de navios com carga Qatar do Canal de Suez para o Cabo da Boa
Esperança. Especificamente, isto significará para clientes europeus que o tempo
de viagem será mais longo para a carga a partir do Qatar.
No entanto, esta situação parece ter dado aos
empresários asiáticos uma grande alavancagem, sendo provável que pressionem os
produtores do Qatar por termos de contrato mais favoráveis.Fonte
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