22 de abril de 2020

Registos de temperatura dos oceanos indiciam risco de furacões violentos


Os mares por todo o mundo estão a aquecer, atingindo temperaturas que aumentam os receios, entre os meteorologistas, sobre qual o efeito que esta evidência possa gerar, antevendo-se um ano caótico, de clima extremo.
Partes dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico atingiram o recorde de temperatura no mês passado, de acordo com os Centros Nacionais de Informação Ambiental dos EUA. As altas temperaturas podem oferecer pistas sobre a ferocidade da temporada de furacões no Atlântico, a erupção de incêndios florestais da região amazónica à Austrália e o surgimento de calor recorde e fortes tempestades a assolarem o sul dos Estados Unidos.
No Golfo do México, onde a perfuração offshore representa cerca de 17% da produção de petróleo dos EUA, as temperaturas da água eram de 24,6 graus Celsius, mais de 1 acima da média de longo prazo, disse Phil Klotzbach, da Universidade Estadual do Colorado. Ainda, segundo ele, se as águas do Golfo permanecerem a este nível de temperatura, isso poderá ser o rastilho da intensificação de qualquer ciclone tropical que venha a ocorrer.
A temperatura recorde da água no Golfo do México tem vindo a provocar, em todas as comunidades ao longo da costa, as mais altas temperaturas de todos os tempos em terra, disse Deke Arndt, chefe da seção de monitorização dos Centros Nacionais de Informação Ambiental em Asheville, Carolina do Norte. Este março foi o mais quente alguma vez registado, tendo Miami chegado aos 33.89 na quarta-feira, 6 acima do normal, segundo o Serviço Nacional de Meteorologia.
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