Uma
década após o derrame de óleo da Deepwater Horizon, milhares de peixes no Golfo
do México foram detectados com a efeitos de poluição por petróleo, incluindo em
espécies populares de frutos do mar como atum albacora, dourados e peixe
imperador vermelho, com elevados níveis de contaminação, conforme estudo
recente.
Entre
2011 e 2018, a pesquisa foi realizada com amostras contendo mais de 2.500
peixes individuais que vivem em 359 locais diferentes no Golfo, pertencentes a
91 espécies. Foi encontrada exposição ao óleo em todos eles.
O acidente
da plataforma da BP tornou-se o maior derrame acidental de óleo na história dos
EUA, quando a explosão da Deepwater Horizon ocorreu há 10 anos e milhões de
galões de petróleo foram descarregados nas águas do Golfo do México durante 87
dias.
Após
a explosão, pesquisadores da Universidade do Sul da Flórida ocorreram para
estudar o derrame e os seus efeitos no meio ambiente em tempo real.
Semanas
após a explosão, a BP assumiu um compromisso de US $ 500 milhões em 10 anos
para financiar a pesquisa. Este ano, deve ser lançada a pesquisa de uma década,
precisamente quando o financiamento chega ao fim.
O
componente tóxico do petróleo bruto encontrado na bílis dos peixes incluía
níveis de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, conhecidos como PAHs devido
à poluição do petróleo. A bílis do peixe está localizada no fígado do animal
que armazena resíduos e ajuda na digestão.
Os
pesquisadores aprenderam, durante e após o derrame, que nem todo o petróleo flutua,
havendo parte que se desloca sobre o fundo do mar.
O
petróleo e os PAHs ainda são encontrados em tocas no fundo do mar, onde vivem
algumas espécies pelo que os níveis de PAHs foram aumentando nesses peixes, ao
longo do tempo.
Os
pesquisadores descobriram que a concentração de poluição por óleo no tecido
hepático e na bílis em espécies de garoupa, principalmente garoupa de dorso
amarelo, aumentou mais de 800% entre 2011 e 2017.
Altos níveis de PAHs também apareceram em peixes que não vivem no fundo
do mar. O estudo foi publicado na revista Scientific Reports, na semana passada.Fonte + vídeo
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