19 de abril de 2020

Navio de bandeira portuguesa sob ataque pirata


Vários relatos indicam que o porta-contentores de bandeira portuguesa “TOMMI RITSCHER” está neste momento a ser alvo de um incidente de pirataria na Zona 3 do Ancoradouro de Cotonou. Pelo que se percebe, o navio foi abordado por uma lancha e, no seguimento, embarcado por um número desconhecido de pessoas. Entretanto, quando um navio da Patrulha Naval (ZOU) avistou a lancha suspeita ao lado do navio e se aproximou, a mesma deve ter fugido deixando os perpetradores a bordo do “Tommi Ritscher”.
Informações adicionais indicam que 11 membros da tripulação estão trancados na cidadela, suspeitando-se que os restantes 8 tripulantes estejam sendo mantidos como reféns a bordo do navio. A tripulação do navio é composta por marítimos ucranianos, búlgaros e filipinos.
Duas embarcações da Patrulha Naval estão actualmente no local.
Fonte 

4 comentários:

  1. Bandeira portuguesa e Registo do Mar,suponho........A ausência de portugueses na tripulação,principalmente de comandante e chefe de máquinas (no mínimo.....)deve-se ao "excelente trabalho" dos sindicalistas "tugas" que, com as duas exigências salariais e doutra natureza,levarm o Armadores estrangeiros a recorrer a estrangeiros que,mesmo com salários próximos aos "latinos",oferecem permanências mais prolongadas a bordo (menores custos em férias e viagens de rendição)antes de férias.....Tudo isto fruto da "bagunçada" que esses ditos sindicalistas (oportunistas...) criaram, refastelados nos seus cadeirões,em terra .....Destruiram uma Marinha Mercante reputada,no pós-25 de Abril,por razões puramente seguidistas de meia dúzia de indivíduos sem nível técnico-académico e,por vezes, com esquemas menos claros, a troco de benesses oferecidas por Armadores estrangeiros,conduziram a situações como as do "TOMMI RISCHTER".........

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    1. Talvez não seja o local ideal para fazer uma observação (altamente impertinente) como essa.
      Mas é um bom tópico a ser discutido case seja tenha sequer conhecimento de causa e não apenas "o que ouviu dizer" numa conversa de café do "diz que disse".

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  2. Ao longo dos poucos anos que levo a alimentar o meu blogue e que vou postando essas pequenas notícias ou opiniões, tenho notado que alguns comentam, do alto da sua cátedra – e bastas vezes sem lerem o corpo do escrito, apenas reagem ao título ou à fotografia – com frases baseadas em pressupostos (fora de contexto ou não presentes) e preconceitos culturais (e às vezes, até, piores). Esquecem-se essas pessoas que a preposição “pre” significa que estamos, à partida, a fazer um juízo antecipado, mesmo antes de ler o que está escrito e conhecer os pormenores descritos. Mas mesmo assim, depois de ler, alguns comentam como do “domingo desportivo” se tratasse. Não basta ir à pesca no fim-de-semana, dar uma voltinha nos barquinhos do lago do Campo Grande ou passar 15 dias na praia, nas férias de verão, para se ser catedrático no que ao mar diz respeito…
    Só neste post podemos assistir (nas redes sociais) a pérolas como esta: «o navio não é português». Estão carregadinhos de razão. Como deverão saber (??), um navio é um activo de valor considerável, muitas vezes (e dependendo do tamanho, construção, função, etc.) superior a uma centena de milhões de dólares, valor esse que não abunda na grande maioria das contas bancárias do vulgar povo que por aqui opina. Por norma, o navio não tem um dono específico, é propriedade de um sindicato bancário, bastas vezes multinacional. Pelas regras internacionais, no entanto, o navio tem de estar registado numa autoridade nacional, que lhe confere, mediante determinadas condições (leia-se taxas e impostos), o direito a arvorar o pavilhão. Em troca, o país do pavilhão obriga-se a proteger e defender o navio, como extensão do interesse económico e de direito do país. Atenção que não falo na extensão territorial, essa reservada aos navios da Armada e de representação do Estado. Resumindo, o proprietário do “Tommi Ritscher” deve ser um banco, o armador está, obrigatoriamente, registado (nem que seja uma caixa postal) no offshore da Madeira, o navio poderá, ou não, estar sob fretamento (portanto acrescente-se, neste caso, a nacionalidade do afretador), o operador será uma qualquer empresa de transporte marítimo (talvez uma das que estão listadas até ao número 12 do ranking das 100 maiores – este pressuposto é meu). E temos a carga. Este será um navio com uma capacidade a rondar os 7.500 TEU. Mesmo que leve apenas 2/3 da sua capacidade, haverá uma panóplia imensa de interesses financeiros, provenientes da propriedade dos donos das cargas transportadas, onde até poderão existir portugueses. Isto para não falar dos interesses das dezenas de companhias seguradoras, tanto do navio como da carga. Provavelmente, já estarão, aqui, interesses de um terço dos países representados na ONU (novo pressuposto meu). Não o navio não é, nem de perto, nem de longe, português.
    Outro misunderstanding está patente no desdenhar da nacionalidade dos profissionais que tripulam os navios. São de “carne e osso” como nós. Porventura, alguns deles, até serão tão bons (e, por que não, melhores) que os portugueses. O afirmar (nós sabemos que estamos a escrever isto numa plataforma digital, sem rosto – mas a responsabilidade deve ser assumida!) que a tripulação pode ser maltratada, espancada ou sequestrada porque não é portuguesa, será admissível? Ah! Que são Indonésios,escreveram no Facebook, por acaso não são! E se fossem, estavam “autorizados” a levar “porrada”? Essas mesmas pessoas vêm, depois, noutros fóruns e outros contextos, a arvorarem-se em grandes respeitadores da moral e bons costumes, protestando contra comportamentos discriminatórios e racistas. Nem coerentes são…
    Lamento ter de publicar este longo desabafo, mas chega a um ponto que a paciência (ainda, para mais, em confinamento) se esgota! Bem hajam todos e continuem a comentar os meus posts!

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  3. Cpt Antonio Costa, eras modernas onde tudo se diz, se contrareia, se opõe, se divulga com uma certa impunidade tal como já se tem visto imagens presuportas atuais desrespeituosas do confinamento onde eventualmente se poderá ler num cantinho (ou não) a data real. Todo este conceito prova que o ser humano é curioso, tem sede de escandalo e muita gente aproveita para por vezes para fins desnecessarios á intelectualidade de qualquer um.

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