4 de abril de 2020

Europa corre o risco de perder um milhão de empregos marítimos


A SEA Europe, a associação de estaleiros e fabricantes de equipamentos marítimos, alertou para o facto de a Europa correr o risco de perder o seu lugar como centro marítimo em resultado da pandemia da COVID-19.
Nesse comunicado, a SEA Europe para a necessidade imediata de apoio "urgente e personalizado" a nível da UE, a fim de salvaguardar a indústria naval/marítima estratégica da Europa. Este sector de tecnologia naval europeia está a ser duramente atingido pelo surto de COVID-19, pode ler-se no comunicado da SEA Europe. Acrescenta, ainda, que o sector sentirá as reais consequências negativas da pandemia de forma mais aguda a médio e longo prazo.
Segundo aquela associação, este facto ocorre porque a construção naval e o fabrico de equipamentos marítimos são negócios orientados para a exportação e dependem muito das tendências macroeconómicas globais, volumes comerciais e sentimentos do mercado.
Além disso, a construção naval é caracterizada por tempos de produção muito longos, com um intervalo de dois a três anos entre a contratação e a entrega do navio, em média, e depende muito de uma cadeia de abastecimentos que funcione bem, já que 70-80% do valor do navio depende dessa cadeia de abastecimento.
A associação acrescenta que há grande risco de a Europa perder negócios para a Ásia se a UE não adoptar políticas sectoriais e medidas financeiras específicas, incluindo auxílios estatais, em apoio ao sector de tecnologia naval da Europa.
Os danos, segundo a associação, podem levar à perda de mais de um milhão de empregos na Europa.
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