Petroleiros
com capacidade de transporte do petróleo suficiente para satisfazer 20% do
consumo diário de todo o mundo estão aboiados na costa da Califórnia, sem terem
para onde ir, à medida que a procura por combustível entra em colapso.
Quase
três dúzias de navios – espalhados entre as águas de Long Beach até a Baía de
São Francisco – estão a servir, principalmente, como armazenamento flutuante de
petróleo, já que o mesmo não é utilizado enquanto persiste a pandemia de
coronavírus, que fechou as empresas e tirou os motoristas da estrada. A
refinaria da Marathon Petroleum Corp., em Martinez, Califórnia, ficou inactiva
e outras, incluindo a refinaria El Segundo da Chevron Corp., reduziram o
processamento de petróleo, já que as autoridades do estado ordenaram que os
residentes ficassem em casa.
Os
mais de 20 milhões de barris de petróleo bruto são, de longe, o maior volume de
petróleo a flutuar na costa oeste de uma única vez, de acordo com a Kpler SAS,
de Paris, que rastreia o tráfego de navios-tanque. Cerca de três quartos deles mantêm
petróleo em tancagem, o que significa que flutuam, alguns por mais de sete
dias, o que também é um recorde.
O
armazenamento tornou-se cada vez mais escasso à medida que o excesso de oferta
colide com a procura de combustível em colapso. À medida que os tanques
tradicionais (em terra) se enchem, o petróleo fica preso nos navios-tanque que
flutuam pelas águas de Singapura, costa do Golfo do México e, agora, na costa
oeste dos EUA.
O
Seaexpress, um navio-tanque que, normalmente, transporta combustível, está actualmente
a servir de armazenamento de petróleo bruto para a Royal Dutch Shell Plc., pelo
menos há um mês, em Puget Sound, Washington, depois que foi carregado na
refinaria de Anacortes da empresa.
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