10 de fevereiro de 2020

UE investe 75 milhões na “Economia Azul”


A Comissão Europeia e o Fundo Europeu de Investimento juntaram-se para lançar um fundo inteiramente dedicado à “economia azul”. Chama-se Fundo BlueInvest e irá distribuir 75 milhões de euros por projectos cujas actividades económicas estejam relacionadas com os oceanos, mares e zonas costeiras.
Podem candidatar-se empresas especializadas em bens ou serviços, que contribuam para a economia marítima, quer operem no mar ou em terra. Energias renováveis, sustentabilidade de produtos do mar, biotecnologia azul e sistemas informáticos marítimos são algumas das categorias que o fundo apoiará.
Segundo a Comissão Europeia, o montante disponível (proveniente de capitais próprios) dirige-se a empresas emergentes, em fase de arranque ou PME.
O Fundo BlueInvest será gerido pelo Fundo Europeu de Investimento e financiará fundos de investimento subjacentes, informa a Comissão Europeia. De acordo com o mesmo organismo, a “economia azul” pode desempenhar um papel importante na transição para a neutralidade de carbono até 2050.
O fundo surge na companhia da plataforma BlueInvest, que pretende facilitar o acesso das empresas ao financiamento.
Através do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas, a comissão financia igualmente um regime de subvenções de 40 milhões de euros adicionais, destinado a ajudar as PME da economia azul a desenvolver e a comercializar novos produtos, tecnologias e serviços inovadores e sustentáveis.
«Se é verdade que os oceanos são os primeiros a ser afectados pelas alterações climáticas, não é menos verdade que também reservam muitas soluções para combater a emergência climática em todos os sectores marítimos», sublinha Virginijus Sinkevičius, comissário europeu do Ambiente, Oceanos e Pescas. O responsável descreve o fundo como um «instrumento para desbloquear o potencial da ‘economia azul’».
Já Alain Godard, director-geral do Fundo Europeu de Investimento, realça o potencial de crescimento económico que os oceanos apresentam. Alain Godard indica ainda, em comunicado, que investimentos como este mostram a forma como os fundos públicos da União Europeia «podem ser mobilizados para atrair investimento privado e catalisar o desenvolvimento deste sector».
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