13 de fevereiro de 2020

Secretário da Energia dos EUA vê potencial em projecto em Portugal


O governo e as empresas dos EUA estão de olho num porto Atlântico em Portugal, como trampolim para a expansão e presença crescente dos EUA na Europa, disse o Secretário da Energia dos EUA na quarta-feira.
A expansão planeada dos terminais de contentores e de gás natural liquefeito do porto de Sines apresenta-se como "uma enorme oportunidade para a indústria e o governo norte-americanos", disse Dan Brouillette, Secretário da Energia dos EUA, à Associated Press.
"Este é o porto (europeu) mais próximo dos EUA", disse ele em entrevista em Sines, acrescentando "Este porto serve como uma importante porta de entrada na Europa."
O rápido desenvolvimento da tecnologia fracking nos Estados Unidos permitiu aumentar as exportações de GNL e oferecer preços mais baixos e competitivos.
O governo dos EUA argumenta, há muito tempo, que a União Europeia depende, em excesso, do gás russo e almeja que as empresas americanas rivalizem com o fornecedor russo Gazprom.
O terminal de Sines recebeu o primeiro embarque de GNL dos EUA para a Europa em 2016. O governo português gostaria de actuar como um canal para o GNL americano através de um gasoduto de Sines para o resto da Europa.
Mas os reguladores de França e de Espanha, cujos países seriam atravessados por um gasoduto, frustraram essas esperanças ao rejeitar o projecto no ano passado.
Num cenário de tensões comerciais transatlânticas, Brouillette prometeu continuar a pressionar os líderes da UE a adoptarem o projecto de gasoduto de Sines.
Disse, ainda, que o gasoduto ajudaria a fornecer diversidade e segurança energética à Europa.
O porto de Sines, que está bem posicionado para atender o transporte marítimo entre a Europa e a América do Norte e do Sul, também planeia expandir o seu terminal contentorizado. Esse projecto despertou o interesse da China, cuja ambiciosa estratégia Belt and Road visa construir infraestrutura em todo o mundo e aumentar a influência de Pequim.
Brouillette disse que os EUA não pretendem competir a China em Portugal que, como outros países da UE, atraiu grandes investimentos chineses nos últimos tempos. No entanto, observou que havia trazido consigo uma dúzia de altos executivos empresariais dos EUA na sua viagem a Sines.
O Ministro da Infraestrutura de Portugal, Pedro Nuno Santos, disse que a visita "é uma evidência da importância que os EUA dão a Sines".
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