Em resposta ao novo surto de
coronavírus de 2019-nCoV, vários países, portos e organizações têm vindo a
publicar detalhes de medidas e restrições à livre circulação de pessoas que implementaram.
Um dos efeitos colaterais,
até agora, menos falados e que atingem as cadeias de abastecimento globais após
o surgimento do coronavírus originário da China, envolve as rendições de
tripulação com milhares de marítimos desesperados, incapazes de chegar a casa no
prazo contratado e os escritórios de manning
a trabalharem horas extras para levar a tripulação a navios nos mais diferentes
locais. Os navios têm, inclusivamente, a fazer desvios e alteração de escalas
para trocarem de tripulação e obter abastecimentos.
Devido ao grande número de
casos de coronavírus na China, praticamente todos os gestores de tripulação
suspenderam, por agora, as rendições de tripulação nos portos chineses, excepto
por emergência médica. Outras autoridades portuárias, como Singapura, Hong
Kong, Taiwan e Filipinas, implementaram as suas próprias limitações à alteração
de tripulações de navios cujo último porto de escala fosse na China. O consequente
impacto na repatriação e expedição da tripulação está a ser enorme, introduzindo
uma distorção humana muito significativa no comércio global.
Austrália, Índia, Indonésia,
Iraque, Israel, Japão, Malásia, Mianmar, Nova Zelândia, Rússia, Singapura, Coreia
do Sul, Sri Lanka, Taiwan e Tailândia impuseram restrições de visto e
quarentenas obrigatórias para os marítimos chineses ou que estiveram na China.
Países que anteriormente
tinham visto de chegada para marítimos chineses, como Índia, Indonésia,
Malásia, Mianmar, Filipinas, Rússia, Coreia do Sul e Sri Lanka, suspenderam a
emissão destes vistos.
"Os marítimos estão
muito preocupados com o coronavírus, e os relatórios de quarentena em massa
podem desencadear um medo irracional e estamos obviamente apoiando-os, como
devemos", segundo uma organização de apoio aos marítimos.
Em simultâneo, os gestores de navios, de todo o mundo, têm vindo a avisar
os seus clientes para que se preparem para o aumento dos custos operacionais devido
aos custos mais elevados de rendição e repatriamento.Fonte
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