Existe uma nova tendência que
no futuro pode vir a tornar-se global, através da qual o negócio global será
apoiado pela produção 3D local, que optimizará o negócio através de velocidade,
qualidade ou personalização.
A "Impressão 3D",
ou "Manufactura Aditiva",
como também é conhecida, tem o potencial de se tornar o maior fenómeno
disruptivo individual a impactar a indústria global desde que as linhas de
montagem foram introduzidas nos Estados Unidos, no início do século XX.
As novas tecnologias que
estão a ser desenvolvidas, actualmente, podem revolucionar as técnicas de
produção, resultando numa proporção significativa de fabrico automatizado e
removendo a dependência de grande e cara mão-de-obra. Isso, por sua vez,
poderia levar a uma reversão da tendência de globalização que caracterizou a
indústria e o consumo nas últimas décadas, ela própria baseada no trade-off entre custos de transporte e
mão-de-obra.
A globalização tem
beneficiado, fortemente, as companhias marítimas, companhias aéreas e agentes
de carga, já que vastas quantidades de bens de consumo são movidas
internacionalmente desde os mercados do Extremo Oriente até aos ocidentais.
Consequentemente, qualquer desafio à globalização deve ser visto como uma
ameaça para o sector de transporte global.
Embora muitos dos maiores
portos do mundo estejam a promover grandes investimentos para serem capazes de operar
navios de 20 mil contentores, Diane Edwards, secretária internacional da WISTA
e Directora Geral (pessoas, sistemas e tecnologia) do Porto de Auckland, disse
acreditar que a contentorização irá perder influência e volumes nos próximos
anos.
Falando na WISTA Conference
Singapore 2018, Edwards disse que as pessoas ainda pensam em impressão 3D em
termos tradicionais, como fabricar peças de reposição para navios e etc., mas
ela prevê que a sua utilização futura se propagará muito mais como uma
tecnologia disruptiva, uma vez que deverá ser adoptada pelos consumidores.
O transporte marítimo de
contentores prosperou com a produção de mercadorias em países com produtos
acabados de baixo custo de mão-de-obra para consumidores em países
desenvolvidos. "Potencialmente, quando todos tiverem uma impressora 3D no
seu quintal, já não quererão os produtos transportados de todo o mundo".
No entanto, como acontece com todas as tecnologias disruptivas, também
oferece oportunidades. Poderá ser uma boa notícia para o transporte a granel,
já que a impressão 3D aumentaria a procura por matérias-primas.Fonte
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