26 de maio de 2020

Morreu Stanley Ho, accionista de referência da Portline (vídeo)


O magnata do jogo de Macau Stanley Ho morreu esta terça-feira aos 98 anos, em Hong Kong, noticiou a imprensa local. Stanley Ho fica para a história como o magnata dos casinos de Macau, terra que abraçou como sua e cujo desenvolvimento surge indissociavelmente ligado ao seu império do jogo.
Nascido em Hong Kong, fugiu à ocupação japonesa tendo-se radicado na região portuguesa de Macau, onde fez fortuna ao lado da mulher macaense, oriunda de uma das mais influentes famílias portuguesas da altura.
Na década de 1960, ganha com a Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (STDM), o monopólio de exploração do jogo, que manteve por mais de 40 anos, até à liberalização, que trouxe a concorrência dos norte-americanos, embora mantivesse a hegemonia.
Stanley Ho construiu um vasto império na antiga colónia portuguesa e tornou-se um dos homens mais ricos da Ásia, tendo influenciado na transformação do território – desde a dragagem dos canais de navegação – decorrente do próprio contrato de concessão de jogos – à construção do Centro Cultural de Macau, do Aeroporto Internacional ou à constituição da companhia aérea Air Macau.
O seu principal conglomerado empresarial, a SJM Holdings, tem um valor estimado de seis mil milhões de dólares. Por outro lado, a Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (STDM) tem no seu portefólio negócios no ramo do turismo, como hotéis de luxo, transportes – que incluem a empresa que opera os barcos de alta velocidade (hidrofoils) entre Macau e Hong Kong e a empresa que assegura as ligações entre as duas cidades por helicóptero) – e, até corridas de cavalos.
Com negócios em muitos países, manteve sempre uma forte ligação a Portugal. Desde a Estoril-Sol – que controla três dos maiores casinos do país, em Lisboa, Estoril e na Póvoa de Varzim – à companhia de navegação Portline e ao sector imobiliário.
Há 5 anos, já afastado dos negócios, os responsáveis pela gestão de parte da sua fortuna venderam à Via Marítima – empresa do grupo madeirense Sousa – a totalidade do capital da Portline Containers Internacional (PCI), detida pelo milionário macaense.

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