O magnata do jogo de Macau
Stanley Ho morreu esta terça-feira aos 98 anos, em Hong Kong, noticiou a
imprensa local. Stanley Ho fica para a história como o magnata dos casinos de Macau,
terra que abraçou como sua e cujo desenvolvimento surge indissociavelmente
ligado ao seu império do jogo.
Nascido em Hong Kong, fugiu
à ocupação japonesa tendo-se radicado na região portuguesa de Macau, onde fez
fortuna ao lado da mulher macaense, oriunda de uma das mais influentes famílias
portuguesas da altura.
Na década de 1960, ganha com
a Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (STDM), o monopólio de exploração
do jogo, que manteve por mais de 40 anos, até à liberalização, que trouxe a
concorrência dos norte-americanos, embora mantivesse a hegemonia.
Stanley Ho construiu um
vasto império na antiga colónia portuguesa e tornou-se um dos homens mais ricos
da Ásia, tendo influenciado na transformação do território – desde a dragagem
dos canais de navegação – decorrente do próprio contrato de concessão de jogos
– à construção do Centro Cultural de Macau, do Aeroporto Internacional ou à
constituição da companhia aérea Air Macau.
O seu principal conglomerado
empresarial, a SJM Holdings, tem um valor estimado de seis mil milhões de
dólares. Por outro lado, a Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (STDM) tem
no seu portefólio negócios no ramo do turismo, como hotéis de luxo, transportes
– que incluem a empresa que opera os barcos de alta velocidade (hidrofoils) entre Macau e Hong Kong e a
empresa que assegura as ligações entre as duas cidades por helicóptero) – e,
até corridas de cavalos.
Com negócios em muitos
países, manteve sempre uma forte ligação a Portugal. Desde a Estoril-Sol – que controla
três dos maiores casinos do país, em Lisboa, Estoril e na Póvoa de Varzim – à
companhia de navegação Portline e ao sector imobiliário.
Há 5 anos, já afastado dos
negócios, os responsáveis pela gestão de parte da sua fortuna venderam à Via
Marítima – empresa do grupo madeirense Sousa – a totalidade do capital da
Portline Containers Internacional (PCI), detida pelo milionário macaense.
Sem comentários:
Enviar um comentário