A
Norwegian Cruise Line Holdings Ltd, a terceira maior operadora de cruzeiros do
mundo, levantou dúvidas, na terça-feira, sobre a sua capacidade de continuar a operar,
sendo a primeira do sector a dar sinal que poderá sucumbir à crise do
coronavírus.
As
acções da empresa depreciaram em mais de 20%, ao ser lançada uma oferta de acções
e títulos de US $ 1,6 milhar de milhão, numa tentativa para conseguir liquidez,
e anunciou um investimento de US $ 400 milhões através de uma subsidiária da
empresa de capital privado, a L Catterton.
A
Norwegian Cruise e as rivais Carnival Corp e Royal Caribbean Cruises estão
entre as vítimas de maior destaque da pandemia, depois que sofreram surtos
mortais em alguns dos seus navios de cruzeiro e obrigaram a longas quarentenas em
porto, tanto no Japão como na Califórnia.
A
Norwegian, que suspendeu os seus cruzeiros até 30 de junho, não anunciou uma
data de relançamento. Na segunda-feira, a Carnival anunciou que planeia retomar
alguns cruzeiros a partir de 1º de agosto, enquanto aguardam directivas das
autoridades e se poderem organizar.
A
indústria de cruzeiros ficou de fora de um pacote financeiro de ajuda de US $
2,3 biliões nos EUA para empresas problemáticas, já que os principais players têm as suas bases empresariais fora
dos Estados Unidos.
"O
COVID-19 teve, e deve continuar a ter, um impacto significativo n condição
financeira e operações da indústria, o que poderá afectar, negativamente, a
capacidade das operadoras de obter financiamento acessível", disse um
responsável da Norwegian, também sinalizando dúvidas substanciais sobre a sua
capacidade de continuar como empresa independente. Disse, ainda, que não possui
liquidez suficiente para cumprir suas obrigações nos próximos 12 meses.
Entretanto,
as acções da Carnival fecharam em queda de 8,7% e as da Royal Caribbean fecharam
em queda de 10%, também na terça-feira.
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