3 de janeiro de 2020

Relatório CLIA 2020: Situação da indústria de cruzeiros


A Cruise Lines International Association (CLIA), a maior organização comercial do sector de cruzeiros do mundo, lançou o seu relatório 2020 “State of the Cruise Industry Outlook”. Segundo o relatório, a indústria de cruzeiros sustentou 1.177.000 empregos, totalizando US $ 50,24 mil milhões em vencimentos e uma produção total de US $ 150 mil milhões em todo o mundo durante o ano de 2018.
O relatório lembra o compromisso de toda a indústria com práticas de turismo responsáveis, com foco na sustentabilidade ambiental e na gestão de destinos. O relatório destaca o investimento de US $ 22 mil milhões da indústria no desenvolvimento de novas tecnologias, energeticamente, eficientes, parcerias com governos locais em destinos importantes e o compromisso de reduzir a sua taxa de emissões de carbono em 40% até 2030, em comparação a 2008.
Os dados divulgados recentemente permitem esperar o embarque de 32 milhões de passageiros durante o presente ano que ora se inicia. Para atender à procura contínua, os associados CLIA Cruise Lines deverão estrear 19 novos navios oceânicos no próximo ano, resultando num total de 278 navios oceânicos projectados para estarem em operação até o final de 2020.
O crescimento da indústria resulta num impacto económico positivo em comunidades por todo o mundo. De acordo com a recém-lançada Análise Global de Impacto Económico CLIA 2018, os passageiros gastam, em média, US $ 376 nas cidades portuárias antes de embarcar num cruzeiro e gastam US $ 101 em cada destino portuário visitado durante um cruzeiro. A América do Norte é responsável pela maior taxa de cruzeiros, com 14,2 milhões de norte-americanos em 2018.
Tendências da indústria para 2020
1. Sustentabilidade ambiental: o desenvolvimento e a identificação de novas tecnologias e combustíveis mais limpos é uma das principais prioridades da indústria de cruzeiros, que continua a fazer investimentos substanciais na redução do impacto ambiental. Esse esforço tem sido conseguido com base em:
a) Gás Natural Liquefeito (GNL) - 44% da capacidade da nova construção dependerá de combustível GNL para propulsão primária;
b) Sistemas de limpeza de gases de escape (ECGS) - 68% da capacidade global utiliza, actualmente, EGCS, enquanto 75% das novas construções não-GNL terão EGCS;
c) Sistemas avançados de tratamento de águas residuais - 100% das novas construções terão destes sistemas altamente tecnológicos em funcionamento;
d) Energia de terra - 88% da nova capacidade de construção terá ou será configurada para permitir esta modalidade;
e) Áreas de foco adicionais - embarcações movidas eléctricamente, práticas avançadas de reciclagem, uso reduzido de plástico, iluminação com eficiência energética, energia solar e célula de combustível.
2. Gestão de destinos: com o aumento da procura e crescimento no sector de cruzeiros, procura-se a promoção responsável, o respeito e a cooperação com os destinos de cruzeiros. Em colaboração com as comunidades locais, o sector cruzeirista procura explorar novas e mais criativas formas de gerir o fluxo de visitantes e implementar os mais altos padrões de turismo responsável, incluindo:
      a) Parcerias com governos locais
       b) Chegadas e partidas escalonadas
       c) Diversificação das opções de excursão
       d) Energia de terra
       e) Consumos locais dos passageiros
3. Cruzeiro e estadia: a previsão para o sector identificou a tendência de que cada vez mais viajantes passam o tempo dentro e perto dos portos visitados. De facto, 65% dos passageiros do cruzeiro passam alguns dias extras nos portos de embarque ou desembarque.
4. Redução do plástico descartável: o estudo constatou que mais de oito em cada dez passageiros de cruzeiros (82%) reciclam mais e reduzem o uso de plásticos descartáveis ​​(80%) enquanto viajam. Sete em cada dez cruzeiristas também renunciam as palhinhas de plástico.
5. Cruzeiros mais aceites pelas várias faixas geracionais: a atitude em relação ao cruzeiro tem vindo a alterar, independentemente da geração. Os mais jovens têm uma atitude mais positiva em relação ao cruzeiro em comparação com dois anos atrás.
6. Cruzeiristas solitários: as taxas de visitantes casais têm decrescido e o número de adultos solteiros tem crescido globalmente. Em resultado, as linhas de cruzeiros tentam responder à alteração na demografia dos passageiros, oferecendo cabines de estúdio, actividades sociais, eliminando suplementos individuais e lounges individuais.
7. Micro-viagens: as durações das viagens continuam a alterar, com muitos viajantes procurando viagens curtas. As linhas de cruzeiros têm vindo a oferecer cruzeiros de duração reduzida (período de três a cinco dias), oferecendo itinerários mais curtos para uma variedade de destinos.
Para obter as conclusões completas do Relatório, clique aqui para fazer o download do mesmo.

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