21 de janeiro de 2020

Novos combustíveis emitem mais carbono negro que o HFO


Obrigatório por lei há menos de três semanas e primeira opção de abastecimento de navios, o óleo combustível de muito baixo teor de enxofre (VLSFO), enfrenta já pedidos de proibição, especialmente nas águas do Árctico.
Uma submissão interposta pela Finlândia e pela Alemanha à Organização Marítima Internacional (IMO) sugere que o VLSFO produz maiores emissões de carbono negro do que o anterior óleo combustível com alto teor de enxofre (HSFO).
A submissão detalhada, financiada pela Agência Ambiental Alemã e assistida pela sociedade classificadora DNL GL e pelo fabricante de motores MAN ES, demonstra que as novas misturas de combustíveis navais com 0,50% de teor de enxofre podem conter uma grande percentagem de compostos aromáticos, que afectam, directamente, as emissões de carbono negro.
“Os novos combustíveis híbridos com 0,50% de teor de enxofre usados ​​no estudo continham uma alta proporção de compostos aromáticos na faixa de 70% a 95%, o que resultou no aumento das emissões [de carbono negro], entre 10% a 85% em comparação com o HFO”, segundo afirma o estudo. As emissões mais elevadas eram mais visíveis quando o motor operava mais abaixo que a potência máxima.
A proposta pede que o conteúdo aromático seja incluído na especificação de combustíveis navais da norma ISO 8217.
Estas notícias sobre o carbono negro levaram várias ONGs a pedir que o VLSFO com alto conteúdo aromático seja banido dos navios que transitem pelas águas do Árctico.
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