Um tribunal de Taiwan libertou,
sob fiança, um homem que os promotores públicos alegam ter feito falsas
declarações no caso de um petroleiro com bandeira de Hong Kong suspeito de trasfega
de petróleo (para outro navio em alto mar) para a Coreia do Norte em violação
das sanções internacionais.
O homem, de apelido Chen, declarou
como porto de destino Hong Kong, apesar de saber que o navio tinha como destino
águas internacionais para traficar produtos petrolíferos, informou o Ministério
Público na cidade do sul de Kaohsiung na quarta-feira.
“Os indícios de crime são bastantes”,
segundo se lê no comunicado emitido pelas autoridades judiciais, acrescentando
que o suspeito se encontra sob investigação, embora não tenha dado razão para a
decisão de conceder fiança de T $ 1,5 milhão (US $ 50.700).
Na Coreia do Sul, entretanto,
encontra-se apresado o navio-tanque "Lighthouse Winmore", com bandeira de Hong
Kong, desde o final de Novembro. Um funcionário do Ministério das Relações
Exteriores da Coreia do Sul disse que o navio teria transferido 600 toneladas
de petróleo para o Sam Jong 2, registado na Coreia do Norte, a 19 de Outubro, em
águas internacionais entre a China e a península coreana, por ordem do seu
fretador com base em Taiwan (Billions Bunker Group Corp).
O "Lighthouse Winmore" é um dos 10
navios que os Estados Unidos propuseram ao Conselho de Segurança das Nações
Unidas colocar numa lista negra de comércio ilícito com a Coreia do Norte. O
Conselho de Segurança da U.N. no mês passado, por unanimidade, impôs novas
sanções à Coreia do Norte em resposta aos testes de mísseis balísticos intercontinentais.
Entretanto, a Autoridade Marítima
do Panamá iniciou o processo de cancelamento do registo aos navios que, sob sua
bandeira, são suspeitos de violarem as sanções contra a Coreia do Norte. São
eles o “M/V Orient Shenyu” e o “M/V Koti”, ambos ligados ao transporte de carga
proibida para, ou da, Coreia do Norte.
O “Orient Shenyu”, também
conhecido como “Glory Hope I”, é outro dos dez navios que os EUA propuseram
para a lista negra da U.N., e que terá transportado mercadoria de exportação norte-coreana
para outros países.
Já o petroleiro de produto com
bandeira do Panamá, “Koti”, foi apresado no porto de Pyeongtaek-Dangjin pelas
autoridades sul-coreanas, em Dezembro de 2017, acreditando-se que o navio tenha
transferido produtos petrolíferos para a Coreia do Norte, apesar das sanções
internacionais.
Após as sanções mais duras impostas à Coreia do Norte a
22 de Dezembro de 2017, pelo Conselho de Segurança da ONU, ficou decidido que haveria
razão para o apresamento dos navios envolvidos em tais actividades.Fonte
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