23 de outubro de 2017

IMO criticada por estar refém de grande influência empresarial na política ambiental

Um estudo publicado hoje pela organização sem fins lucrativos InfluenceMap, com sede em Londres, afirma que as empresas de navegação têm uma capacidade de influência "incomparável" sobre os regulamentos na Organização Marítima Internacional (OMI). O relatório –“Captura corporativa da OMI” – foi agora lançado para coincidir com o início da próxima ronda de negociações climáticas da OMI que se iniciam esta semana.
Este relatório revela como a indústria do transporte marítimo tem pressionado de forma agressiva as Nações Unidas para obstruir as acções de mudança climática para o transporte marítimo, garantindo que este permaneça o único sector no mundo, actualmente, não sujeito a medidas de redução de emissões.
O relatório de 38 páginas afirma que as grandes empresas e os principais grupos de comércio marítimo estão a “obstruir” activamente e colectivamente a política global sobre alterações climáticas na OMI. As principais bandeiras de conveniência, bem como a Bimco, o World Shipping Council e a International Chamber of Shipping são, claramente, destacados como barreiras à obtenção de regras ambientais mais rigorosas e oportunas.
“Apesar de ser responsável por cerca de 3% das emissões globais de gases de efeito estufa, o sector de transporte marítimo permanece fora do Acordo de Paris sobre o clima. Conseguiu isso através da captura corporativa da Organização Marítima Internacional”, afirma-se no estudo.
Enquanto as nações escandinavas e do Pacífico estão pressionam cortes dramáticos nas emissões, outros como o Brasil, a Argentina, a Arábia Saudita e a Índia estão ansiosos por adiar quaisquer compromissos firmes de redução de emissões.
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