Uma das bandeiras de registo mais “piratas” do mundo está de
volta às manchetes. Apesar de o governo cambojano ter, oficialmente, revogado o
seu registro de bandeira há 13 meses, o Phnom Penh Post informa que pelo menos
19 embarcações de propriedade estrangeira ainda navegam com a bandeira vermelha
e azul.
O registo cambojano ganhou a sua péssima reputação por
hospedar muitos navios de qualidade inferior. Era notório a sua escolha como
bandeira preferida por contrabandistas de armas, traficantes de drogas e de
humanos, além de ser favorecida pelo regime Kim, da Coreia do Norte.
Foi, inicialmente, administrada por uma empresa sul-coreana,
tendo sido adquirida, depois, por uma firma de Singapura, antes do governo a
fechar no ano passado. No entanto, a Federação Internacional dos Trabalhadores
do Transporte (ITF) tem vindo a questionar se o governo alertou oficialmente os
portos de todo o mundo quanto ao seu encerramento, já que os navios continuam a
operar.
A bandeira cambojana está, agora, de volta às notícias, por
uma investigação da ONU ter identificado e levado à intercepção do maior carregamento
de munições para os norte-coreanos no ano passado.
O graneleiro Jie Shun foi detido em águas egípcias em agosto
do ano passado, depois de navegar sob bandeira cambojana. No navio, foram
descobertas mais de 30 mil granadas propulsionadas por foguete.
Numa conferência em Londres, no mês passado, foi
relatado que cerca de 10 estados de bandeira haviam revelado que tinham navios nos
seus registos, provavelmente, registados em falsos escritórios de representação.
Como exemplo, foi citado que a República Democrática do Congo teria 90 navios
que arvoravam a sua bandeira, mas que não estavam registados oficialmente.Fonte
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