Entidades públicas e privadas de 112 países apresentaram em
Malta compromissos para reduzir os plásticos nos oceanos, combater as
alterações climáticas, fomentar a “economia azul” ou controlar a pesca ilegal.
A UE lidera em número de acções e investimento. Resta saber o que se vai passar
nos próximos anos entre as promessas de agora e a sua concretização.
Mais de 2,5 milhões de quilómetros quadrados de áreas marinhas
protegidas — o equivalente a cerca de metade da área da União Europeia —
deverão juntar-se aos cerca de 7 milhões de km2 já classificados em todos os
oceanos do planeta Azul até 2020. Nos edifícios e eventos organizados pela
Comissão Europeia vão deixar progressivamente de utilizar pratos e copos de
plástico descartáveis a partir deste ano. Mais ambiciosa é a França que quer
acabar com a comercialização de pratos e talheres descartáveis até 2020.
As seguradoras querem contribuir para o fim da pesca ilegal,
retirando os seguros aos navios pirata. E os sistemas de vigilância por
satélite (como o Galileu) serão reforçados para controlar fenómenos associados
às alterações climáticas, pesca ilegal ou poluição. Multinacionais do sector do
petróleo e produção de alimentos e bebidas prometem criar embalagens
biodegradáveis ou mais facilmente recicláveis nos próximos anos.
Estes são apenas alguns dos compromissos entre os mais de
400 assumidos por Governos e entidades públicas e privadas de uma centena de
países dos seis continentes, em Malta. Em dois dias, as promessas feitas na
Conferência “Nosso Oceano” somam investimentos de mais de seis mil milhões de
euros para melhor gerir e cuidar dos oceanos.
A União Europeia lidera a promessa de investimentos, somando
550 milhões de euros em propostas para reforçar a protecção dos mares contra a
poluição ou a pirataria, garantir pescas sustentáveis e cumprir os compromissos
assumidos no Acordo de Paris para combater as alterações climáticas e a agenda
2030 para os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável.
“Não podemos continuar a seguir uma mentalidade
assente no desperdício e temos de continuar a funcionar em conjunto com os
Governos, os stakeholders, as
organizações não-governamentais e da sociedade civil e a academia para cuidar
do nosso futuro”, afirmou o primeiro vice-presidente da Comissão Europeia,
Frans Timmermans.Fonte
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