8 de outubro de 2017

Comissão Europeia disponibiliza €550 milhões para proteger os oceanos

Entidades públicas e privadas de 112 países apresentaram em Malta compromissos para reduzir os plásticos nos oceanos, combater as alterações climáticas, fomentar a “economia azul” ou controlar a pesca ilegal. A UE lidera em número de acções e investimento. Resta saber o que se vai passar nos próximos anos entre as promessas de agora e a sua concretização.
Mais de 2,5 milhões de quilómetros quadrados de áreas marinhas protegidas — o equivalente a cerca de metade da área da União Europeia — deverão juntar-se aos cerca de 7 milhões de km2 já classificados em todos os oceanos do planeta Azul até 2020. Nos edifícios e eventos organizados pela Comissão Europeia vão deixar progressivamente de utilizar pratos e copos de plástico descartáveis a partir deste ano. Mais ambiciosa é a França que quer acabar com a comercialização de pratos e talheres descartáveis até 2020.
As seguradoras querem contribuir para o fim da pesca ilegal, retirando os seguros aos navios pirata. E os sistemas de vigilância por satélite (como o Galileu) serão reforçados para controlar fenómenos associados às alterações climáticas, pesca ilegal ou poluição. Multinacionais do sector do petróleo e produção de alimentos e bebidas prometem criar embalagens biodegradáveis ou mais facilmente recicláveis nos próximos anos.
Estes são apenas alguns dos compromissos entre os mais de 400 assumidos por Governos e entidades públicas e privadas de uma centena de países dos seis continentes, em Malta. Em dois dias, as promessas feitas na Conferência “Nosso Oceano” somam investimentos de mais de seis mil milhões de euros para melhor gerir e cuidar dos oceanos.
A União Europeia lidera a promessa de investimentos, somando 550 milhões de euros em propostas para reforçar a protecção dos mares contra a poluição ou a pirataria, garantir pescas sustentáveis e cumprir os compromissos assumidos no Acordo de Paris para combater as alterações climáticas e a agenda 2030 para os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável.
“Não podemos continuar a seguir uma mentalidade assente no desperdício e temos de continuar a funcionar em conjunto com os Governos, os stakeholders, as organizações não-governamentais e da sociedade civil e a academia para cuidar do nosso futuro”, afirmou o primeiro vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans.
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