Mais de 30 pessoas mortas após naufrágio no Lago Vitoria

Música e cruzeiros de festa, com muita bebida à volta do Lago Vitória são um rito de passagem para os jovens ugandenses que procuram diversão. No entanto, desta vez, foi um acidente desastroso mais do que anunciado, desde o seu início.

A frágil embarcação estava em más condições de manutenção quando as pessoas embarcaram perto de Kampala, capital do Uganda, disseram as autoridades à Associated Press. Os donos do barco não possuíam licença para operar e o sobrelotavam o barco muito para além da lotação de segurança. Os foliões a bordo – incluindo um artista musical ugandês e um príncipe – aparentemente, desconheciam o perigo.

Para piorar as coisas, sobreveio mau tempo, o que tornou as condições de navegação, no maior lago de África, muito difíceis. O problema terá começado a meio do cruzeiro, não longe da costa.

Por volta das 19h, o barco virou e afundou, deixando cerca de 90 pessoas no lago – outras fontes falam em 120 – alguns deles, muito provavelmente, inebriados. Muitos deles não usavam coletes salva-vidas, pelo que o pânico foi generalizado. Testemunhas disseram ter ouvido pessoas a gritar por ajuda, batendo na água ou tentando nadar até à praia.

Dois barcos de pesca que vieram em auxílio dos passageiros foram inundados de gente e viraram-se, de acordo com a BBC. As equipas de resgate do governo chegaram um pouco mais tarde, enviando mergulhadores para o Lago Vitória, tendo recuperado pelo menos 30 corpos.

De acordo com a BBC, entre os resgatados estava o artista musical Iryn Namubiru e o príncipe Daudi Kintu Wasajja, irmão do rei de Buganda, o maior reino tradicional de Uganda.

Os acidentes de barco são cada vez mais comuns nos grandes lagos da África Oriental, incluindo o Lago Vitória, que é cercado pelo Uganda, Tanzânia e Quénia, tendo uma área superior à da Suíça.

A tragédia de sábado foi a segunda desta gravidade em dois meses no Lago Vitória. Em Setembro, quase 150 pessoas morreram devido ao emborcamento de um ferry que transportava centenas de pessoas. O ferry teria capacidade para 100 pessoas, mas transportava 400, muitas delas transportando mercadorias para mercados próximos.
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