A
China, principal detentora de licenças internacionais de exploração em águas
profundas, aumentou sua liderança na corrida por fontes alternativas de
minerais para baterias, recolhendo amostras de montanhas cobalto, nas profundezas
do Pacífico.
As
crostas ricas em cobalto podem um dia reduzir a dependência mundial do cobalto
da República Democrática do Congo, mas a maioria das empresas diz que a
mineração em águas profundas tem de ser encarada numa perspectiva a longo prazo.
A
Maersk Supply Service, parte do conglomerado A.P. Møller, trabalha em parceria com
a canadiana DeepGreen na recolha de rochas metálicas do fundo do oceano.
"É
uma área de negócios promissora, com potencial para um crescimento futuro
significativo", disse a Maersk Supply Service por e-mail. "Mas a
produção está a alguns anos de distância."
Até
o momento, apenas a Nautilus Minerals, empresa listada no Canadá, foi além do
estágio de exploração para tentar extrair minerais na costa da Papua Nova
Guiné, nomeadamente cobre, ouro e prata, mas está atrasada por questões de
financiamento e oposição local, podendo vir a paralisar por retirada de
investidores.
Enquanto
a Nautilus pretende explorar as águas territoriais da Papua Nova Guiné, as
águas internacionais são reguladas pela Autoridade Internacional dos Fundos
Marinhos (ISA), uma agência criada pelas Nações Unidas para gerir o fundo
marinho e proteger o ambiente marinho.
A
China está na pole position em águas
internacionais como detentora de quatro dos 29 contratos de exploração ISA em
águas profundas concedidos até agora, mais do que qualquer outra nação.
Junto
com a Glencore, o país já domina as provisões mundiais de cobalto,
principalmente, de reservas na politicamente volátil República Democrática do
Congo.
Defensores do meio ambiente dizem ser necessária extrema cautela antes
que a mineração perturbe áreas ainda pouco estudadas e compreendidas do
planeta. A mineração marítima pode causar uma série de impactos directos e indirectos
no ambiente marinho. Alguns desses impactos potenciais são insignificantes e /
ou reversíveis. Mas outros são potencialmente significativos e podem causar
impactos irreversíveis em diferentes componentes do ecossistema marinho.Fonte
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