15 de novembro de 2018

China lidera países que mineram as profundezas oceânicas


A China, principal detentora de licenças internacionais de exploração em águas profundas, aumentou sua liderança na corrida por fontes alternativas de minerais para baterias, recolhendo amostras de montanhas cobalto, nas profundezas do Pacífico.
As crostas ricas em cobalto podem um dia reduzir a dependência mundial do cobalto da República Democrática do Congo, mas a maioria das empresas diz que a mineração em águas profundas tem de ser encarada numa perspectiva a longo prazo.
A Maersk Supply Service, parte do conglomerado A.P. Møller, trabalha em parceria com a canadiana DeepGreen na recolha de rochas metálicas do fundo do oceano.
"É uma área de negócios promissora, com potencial para um crescimento futuro significativo", disse a Maersk Supply Service por e-mail. "Mas a produção está a alguns anos de distância."
Até o momento, apenas a Nautilus Minerals, empresa listada no Canadá, foi além do estágio de exploração para tentar extrair minerais na costa da Papua Nova Guiné, nomeadamente cobre, ouro e prata, mas está atrasada por questões de financiamento e oposição local, podendo vir a paralisar por retirada de investidores.
Enquanto a Nautilus pretende explorar as águas territoriais da Papua Nova Guiné, as águas internacionais são reguladas pela Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA), uma agência criada pelas Nações Unidas para gerir o fundo marinho e proteger o ambiente marinho.
A China está na pole position em águas internacionais como detentora de quatro dos 29 contratos de exploração ISA em águas profundas concedidos até agora, mais do que qualquer outra nação.
Junto com a Glencore, o país já domina as provisões mundiais de cobalto, principalmente, de reservas na politicamente volátil República Democrática do Congo.
Defensores do meio ambiente dizem ser necessária extrema cautela antes que a mineração perturbe áreas ainda pouco estudadas e compreendidas do planeta. A mineração marítima pode causar uma série de impactos directos e indirectos no ambiente marinho. Alguns desses impactos potenciais são insignificantes e / ou reversíveis. Mas outros são potencialmente significativos e podem causar impactos irreversíveis em diferentes componentes do ecossistema marinho.
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