A
Greenpeace, depois de permitir o desmantelamento do Rongdhonu (antes Rainbow
Warrior II), num estaleiro de praia em Bangladesh, veio afirmar ter sido um
erro. A assunção de erro ocorre porque a operação de desmantelamento foi contra
os padrões e valores que a organização diz representar.
A
Greenpeace havia transferido a propriedade do navio para uma organização
não-governamental do Bangladesh, chamada Friendship, em 2011, já que não estava
capaz para navegar em alto-mar. No entanto, o navio poderia ter sido usado como
navio-hospital, navegando em águas costeiras e rios.
O
navio foi renomeado Rongdhonu e trouxe cuidados de saúde para algumas das
comunidades mais remotas e vulneráveis do mundo. O navio atingiu 61 anos e
encontrava-se no final de vida.
Na
altura da transferência de propriedade do navio para a Friendship, a Greenpeace
poderia vetar qualquer plano de descarte final. Porém, depois que o navio se
tornou do Bangladesh, a Friendship propôs que fosse desactivado da melhor
maneira possível em Bangladesh.
Para
corrigir o erro, a organização conversou com os seus dois parceiros de
militância ecologista, a NGO Shipbreaking Platform e a Basel Action Network,
que acreditam que o desmantelamento de navios nas praias não é segura, explora
os trabalhadores e prejudica o meio ambiente marinho. No entanto, apesar das
tentativas de encontrar uma forma alternativa para o navio ser desmantelado,
isso não foi possível.
"Deveríamos ter examinado todas as
opções para que o navio fosse desmantelado longe das praias e de forma a
garantir que todos os resíduos gerados fossem geridos da forma ambientalmente
mais segura possível".
Agora,
a Greenpeace está a tentar encontrar forma de garantir que resíduos específicos
que não podem ser tratados com segurança, "a jusante", em Bangladesh,
possam ser enviados para fora do país para gestão diferenciada.
Finalizando a sua declaração, a Greenpeace disse que se compromete a adoptar
com urgência uma política de navios em fim de vida, elaborada com a ajuda da NGO
Shipbreaking Platform, para poder garantir que tais erros não voltem a acontecer
no futuro.Fonte
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