20 de novembro de 2018

Greenpeace desfaz-se de navio para desmantelamento no Bangladesh

A Greenpeace, depois de permitir o desmantelamento do Rongdhonu (antes Rainbow Warrior II), num estaleiro de praia em Bangladesh, veio afirmar ter sido um erro. A assunção de erro ocorre porque a operação de desmantelamento foi contra os padrões e valores que a organização diz representar.
A Greenpeace havia transferido a propriedade do navio para uma organização não-governamental do Bangladesh, chamada Friendship, em 2011, já que não estava capaz para navegar em alto-mar. No entanto, o navio poderia ter sido usado como navio-hospital, navegando em águas costeiras e rios.
O navio foi renomeado Rongdhonu e trouxe cuidados de saúde para algumas das comunidades mais remotas e vulneráveis ​​do mundo. O navio atingiu 61 anos e encontrava-se no final de vida.
Na altura da transferência de propriedade do navio para a Friendship, a Greenpeace poderia vetar qualquer plano de descarte final. Porém, depois que o navio se tornou do Bangladesh, a Friendship propôs que fosse desactivado da melhor maneira possível em Bangladesh.
Para corrigir o erro, a organização conversou com os seus dois parceiros de militância ecologista, a NGO Shipbreaking Platform e a Basel Action Network, que acreditam que o desmantelamento de navios nas praias não é segura, explora os trabalhadores e prejudica o meio ambiente marinho. No entanto, apesar das tentativas de encontrar uma forma alternativa para o navio ser desmantelado, isso não foi possível.
    "Deveríamos ter examinado todas as opções para que o navio fosse desmantelado longe das praias e de forma a garantir que todos os resíduos gerados fossem geridos da forma ambientalmente mais segura possível".
Agora, a Greenpeace está a tentar encontrar forma de garantir que resíduos específicos que não podem ser tratados com segurança, "a jusante", em Bangladesh, possam ser enviados para fora do país para gestão diferenciada.
Finalizando a sua declaração, a Greenpeace disse que se compromete a adoptar com urgência uma política de navios em fim de vida, elaborada com a ajuda da NGO Shipbreaking Platform, para poder garantir que tais erros não voltem a acontecer no futuro.
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