A Câmara Internacional de
Navegação (ICS) diz que a indústria marítima está "profundamente
preocupada" com a nova política do governo italiano de fechar os seus
portos a embarcações humanitárias de resgate de migrantes, que operam no Mar
Mediterrâneo.
A preocupação da ICS resulta
da recusa de acesso aos portos decretada ao M/V Aquarius, com mais de 600
migrantes resgatados ao largo da costa da Líbia, por parte da Itália e Malta,
tendo-se a Espanha oferecido para o receber.
O ICS diz que a recusa da
Itália em permitir que pessoas resgatadas desembarquem pode ter sérias
implicações para a segurança e o bem-estar dessas pessoas em dificuldades,
incluindo crianças e mulheres grávidas.
O ICS diz que a decisão da
Itália de proibir navios humanitários repletos de migrantes resgatados
inevitavelmente levará a uma pressão adicional sobre os navios mercantes que
realizem resgates no mar.
"Se as embarcações das
ONGs forem impedidas de desembarcar pessoas resgatadas na Itália, isso também
terá implicações significativas para os navios mercantes e para o movimento do
comércio em todo o Mediterrâneo, já que os navios mercantes teriam novamente
que se envolver em um número maior de resgates", disse a ICS.
Segundo a Convenção sobre a
Salvaguarda da Vida Humana no Mar (SOLAS) da Organização Marítima Internacional
das Nações Unidas (OMI), os navios mercantes estão obrigados ao socorro de
qualquer pessoa em perigo no mar.
Segundo o ICS, desde que a crise migratória no Mediterrâneo se
intensificou há três anos, mais de 50.000 pessoas já foram resgatadas por
navios mercantes, com muitos mais resgatados por embarcações militares e barcos
operados por ONGs humanitárias.Fonte
Os migrantes conhecem bem o SOLAS, sabem se vierem por mar serão resgatados. Porque não vem por terra? Será que gostam de arriscar a vida?
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