12 de maio de 2022

Dispositivo portátil torna a água do mar potável sem precisar de filtros

Embora já estejam disponíveis comercialmente outros sistemas portáteis de dessalinização, regra geral utilizam filtros que precisam ser substituídos. Cientistas do MIT desenvolveram, agora, uma unidade portátil de dessalinização com menos de 10 kg, capaz de remover partículas e sais da água do mar tornando-a, dessa forma, potável.

Ao contrário das unidades que exigem filtros, a configuração do modelo MIT requer apenas uma pequena quantidade de energia para fazer o trabalho. Isso reduz bastante os requisitos de manutenção a longo prazo.

O dispositivo do tamanho e formato de uma mala requer menos energia para operar do que um carregador de telemóvel, o que significa que também pode ser acionado por um pequeno painel solar portátil em cenários onde as baterias não sejam uma opção. Gera automaticamente água potável que excede os padrões de qualidade da Organização Mundial da Saúde.

As unidades de dessalinização portáteis comercialmente disponíveis normalmente requerem bombas de alta pressão para empurrar a água através dos filtros; em vez disso, a unidade do MIT conta com uma técnica chamada Polarização de Concentração de Iões (ICP). O processo ICP aplica um campo elétrico a duas membranas colocadas acima e abaixo de um canal de água. À medida que a água passa pelo campo elétrico entre as duas membranas, estas repelem partículas carregadas positiva ou negativamente, incluindo moléculas de sal, bactérias e vírus. As partículas repelidas são canalizadas para a segunda corrente de água que é descartada.

O canal principal da água estará, agora, purificado e, relativamente, dessalinizado, mas o ICP nem sempre remove todos os sais que flutuam no meio do canal. Assim, os pesquisadores incorporaram o processo de eletrodiálise para remover os iões de sal restantes. Isto minimiza o uso de energia, garantindo um processo auto-higienizante.

O processo automático de dessalinização e purificação é iniciado com apenas um toque de botão. Uma vez que o nível de salinidade e o número de partículas diminuem para limites específicos, o dispositivo notifica o utilizador quando a água está potável.

O protótipo atual gera água potável a uma taxa de 0,3 litros por hora e requer apenas 20 watts de potência por litro. A equipa agora está a trabalhar para tornar o dispositivo mais fácil de usar e melhorar a sua eficiência energética.


 Assista ao vídeo abaixo.

 

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