A nação insular de Palau diz que um petroleiro que carregou recentemente petróleo venezuelano estava a usar um sinal AIS falso para disfarçar a sua identidade, colocando, potencialmente, o país do Pacífico na mira das sanções americanas.
O Estado de Palau pediu que a Venezuela investigue o navio que alegou ser o Ndros no mês passado. O Ndros era um navio com bandeira de Palau que foi vendido para sucata e encalhado no Paquistão em 2018 e, portanto, não poderia ser o navio que apareceu em dezembro na costa da Venezuela, de acordo com uma carta de 16 de dezembro que o governo de Palau compartilhou com a Bloomberg.
“Parece que este navio está a alegar estar registado no Registo Internacional de Navios de Palau. Essa alegação é falsa”, disse o ministério de Estado de Palau em nota ao Ministério das Relações Exteriores da Venezuela. “Portanto, parece que o navio está usa um sinal AIS falsificado para mascarar a sua verdadeira identidade.” A carta foi entregue em várias embaixadas venezuelanas, incluindo a de Tóquio, diz Steven Kanai, assistente especial do responsável de Palau para assuntos marítimos internacionais e relações exteriores.
O navio-tanque carregado na Venezuela estava usando uma prática conhecida como "spoofing", em que os navios enviam um sinal com o número de registo de outro navio no Sistema de Identificação Automática da indústria marítima, de acordo com o rastreador de navios de Londres Windward Ltd. Se assim for, isto representará uma nova tática nas manobras de gato e rato implantadas por empresas que negoceiam petróleo com a Venezuela em desafio às sanções dos EUA.
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