Depois
de deixar a Maersk assumir o ónus da ira dos transportadores na última semana,
as segundas e terceiras maiores linhas de contentores do mundo vêm, agora, revelar
que também pretendem fazer com que os clientes paguem para sua conformidade com
o limite de enxofre no combustível. Tanto a Mediterranean Shipping Company
(MSC) como a CMA CGM anunciaram que vão introduzir uma nova sobretaxa global de
combustível a partir do 1º de Janeiro de 2019.
Estas
duas linhas afirmaram esperar custos adicionais estimados, para reduzir as
emissões de enxofre na navegação de acordo com a nova regra OMI, entre US $ 3.000
milhões (CMA CGM) e US $ 2.000 milhões (MSC).
Estes
anúncios chegam 15 meses antes do início oficial das novas regras da Organização
Marítima Internacional, que exigem que as emissões de enxofre do combustível passem
de 3,5% para 0,5%.
Apesar
da forte contestação corporizada pela Global Shippers Forum (GSF), que no final
de semana criticava a medida anunciada pela Maersk (na altura, a única a
assumir o novo BAF), na verdade restam poucas alternativas às empresas
operadoras do transporte marítimo contentorizado, do que não fazerem os
clientes suportar parte dos custos. A 15 meses das novas regras entrarem em
execução, não é líquido que a indústria de refinação venha a garantir misturas compatíveis
de combustível em quantidade necessária, nem em que portos e, muito menos, a
que preço.
Por
outro lado, fazer o “retrofit” dos
navios com os chamados depuradores de gases de emissão é uma opção caríssima –
com amortização não garantida e a obrigação de “paragem obrigatória do navio em
estaleiro por algumas semanas.
A terceira opção – e, provavelmente, a que terá adeptos – será a
utilização do diesel durante toda a
passagem marítima, que a preços actuais, pode quintuplicar os custos de
operação dos navios.Fonte
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