25 de setembro de 2018

Mais empresas anunciam a introdução de nova sobretaxa global de combustível

Depois de deixar a Maersk assumir o ónus da ira dos transportadores na última semana, as segundas e terceiras maiores linhas de contentores do mundo vêm, agora, revelar que também pretendem fazer com que os clientes paguem para sua conformidade com o limite de enxofre no combustível. Tanto a Mediterranean Shipping Company (MSC) como a CMA CGM anunciaram que vão introduzir uma nova sobretaxa global de combustível a partir do 1º de Janeiro de 2019.
Estas duas linhas afirmaram esperar custos adicionais estimados, para reduzir as emissões de enxofre na navegação de acordo com a nova regra OMI, entre US $ 3.000 milhões (CMA CGM) e US $ 2.000 milhões (MSC).
Estes anúncios chegam 15 meses antes do início oficial das novas regras da Organização Marítima Internacional, que exigem que as emissões de enxofre do combustível passem de 3,5% para 0,5%.
Apesar da forte contestação corporizada pela Global Shippers Forum (GSF), que no final de semana criticava a medida anunciada pela Maersk (na altura, a única a assumir o novo BAF), na verdade restam poucas alternativas às empresas operadoras do transporte marítimo contentorizado, do que não fazerem os clientes suportar parte dos custos. A 15 meses das novas regras entrarem em execução, não é líquido que a indústria de refinação venha a garantir misturas compatíveis de combustível em quantidade necessária, nem em que portos e, muito menos, a que preço.
Por outro lado, fazer o “retrofit” dos navios com os chamados depuradores de gases de emissão é uma opção caríssima – com amortização não garantida e a obrigação de “paragem obrigatória do navio em estaleiro por algumas semanas.
A terceira opção – e, provavelmente, a que terá adeptos – será a utilização do diesel durante toda a passagem marítima, que a preços actuais, pode quintuplicar os custos de operação dos navios.
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