10 de junho de 2020

Stellar Banner será afundado definitivamente

A informação foi divulgada após um relatório de inspeção estrutural e o 'naufrágio forçado' deve acontecer por operação remota.
A Marinha do Brasil confirmou que o navio mineraleiro Stellar Banner será afundado a cerca de 150 quilómetros da costa. A informação foi divulgada após um relatório de inspeção estrutural e o "náufrago forçado" deve acontecer com a embarcação sendo operada remotamente recebendo apoio de mergulhadores.
Para a fase do afundamento, ainda deverão ser retiradas algumas quantidades de óleos e de resíduos oleosos que permaneceram a bordo após a reflutuação, informa a Marinha, sendo que a carga presente no navio não oferece riscos à vida marinha e à vida humana.
O navio tem 340 metros de comprimento e 55 metros de boca, o que equivale à área de mais de três campos de futebol.
Segundo o Ibama, o minério de ferro que estava na embarcação já foi retirado. Havia 295 mil toneladas de minério de ferro da Vale dentro do navio. O Stella Banner adornou a cerca de 150 quilómetros do porto de Itaqui, no Maranhão, de onde saiu, quando seguia com destino ao porto de Qingdao, na China.
A proprietária do Navio Mercante “Stellar Banner”, solicitou oficialmente à Capitania dos Portos do Maranhão (CPMA) autorização para o afundamento do navio, declarando a intenção de realizá-lo por livre e espontânea vontade, decisão baseada nos relatórios da Sociedade Classificadora e das equipas de salvamento, cabendo às autoridades Marítima e Ambiental a apreciação e aprovação do plano apresentado, com data de realização do afundamento na próxima sexta-feira (12).
No documento entregue à CPMA, a armadora assume as responsabilidades com relação à carga que ficará a bordo do Navio e quaisquer outras reclamações futuras e declara que as operações foram planeadas e serão executadas por pessoal com conhecimento técnico, habilidade e capacidade necessários, aplicando as medidas de segurança exigidas e utilizando equipamentos e embarcações adequadas. Também comunica que está preparada para desenvolver outras acções contra ocorrências fortuitas indesejáveis.
A organização ITOPF (International Tanker Owners Polutions Federation), foi contratada pela armadora para poder acompanhar as atividades e avaliar as boas práticas relacionadas às questões ambientais envolvidas no processo de afundamento. As empresas de salvamento terminaram, ontem (8), a retirada de objectos flutuantes (espias, cilindros de oxigénio) e contaminantes (baterias, computadores) de bordo.
O AHTS (Anchor Handling Tug Supply) Bear, o OSRV (Oil Spill Response Vessel) Água Marinha, o OSV (Offshore Support Vessel) Normand Installer e o Navio-Patrulha “Guanabara”, da MB, permanecem no local para monitorizar todo o processo de afundamento.

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