26 de junho de 2020

Noruega alerta para os perigos do plano multimilionário de captura de carbono


O projeto Northern Lights procura capturar CO2 de fontes industriais em terra e transportar CO2 líquido por navio e oleoduto para um local de armazenamento offshore abaixo do Mar do Norte para armazenamento permanente. Ilustração cedida pela Equinor
O plano da Noruega para um projeto de captura e armazenamento de carbono em grande escala pode acabar em desastre financeiro, de acordo com um novo relatório que inclui uma maior estimativa de custo para o empreendimento.
O provável custo de construção e operação do projeto em 10 anos – a maior parte financiada pelo governo – pode chegar a 25 mil milhões de coroas suecas (US $ 2.600 milhões), de acordo com um relatório independente publicado pelo governo na quinta-feira. Isso representa 8.000 milhões de coroas a mais do que o estimado em estudo anterior, embora o mesmo tenha coberto, apenas, cinco anos de operações.
Os legisladores no início deste ano pressionaram o governo a preparar o projeto para uma decisão de investimento neste outono, mas o relatório mais recente, provavelmente, dará a alguns políticos motivos para o repensar. A Noruega, maior produtora de petróleo da Europa Ocidental, está relutante em gastar dinheiro com as caras tecnologias de captura e armazenamento de carbono, depois de uma anterior tentativa falhada.
O projeto em questão, envolve a captura de dióxido de carbono de um ou dois locais industriais na Noruega, transportando-o em navios e enviando-o para o Mar do Norte para armazenamento subterrâneo. Para que seja lucrativo, as emissões de dióxido de carbono precisariam custar 10 vezes mais do que custam hoje, de acordo com o relatório mais recente.
Se o parlamento der luz verde ao plano, o estado norueguês cobrirá cerca de 80% do custo, enquanto empresas como Equinor ASA, Total SA e Royal Dutch Shell Plc, que administrariam o lado de transporte e armazenamento, financiariam o restante.
Uma série de empresas industriais europeias, incluindo a Air Liquide SA e a ArcelorMittal SA, assinaram acordos não-obrigatórios com a Equinor em setembro para ingressar no projeto da CCS, numa fase posterior, fornecendo CO2 para armazenamento no offshore da Noruega. Mesmo assim, o governo norueguês assume que necessitará de mais apoio internacional e industrial para prosseguir com o projeto.

1 comentário:

  1. Notícia algo esquisita! A Noruega tem um plano de recolha de CO2, mas a Noruega alerta para os perigos do seu próprio plano e segundo parece fizeram os cálculos com base na coroa sueca quando têm mesmo à mão de semear a coroa norueguesa! Desculpem lá, mas não percebo estes noruegueses!???

    ResponderEliminar