22 de outubro de 2018

Portugueses não podem navegar entre o rio Caia e a ribeira de Cuncos

A lei não é de hoje. Em Janeiro de 2010, o Boletim Oficial do Estado (BOE) espanhol passou a proibir a navegação de barcos portugueses na parte da albufeira do Alqueva que as autoridades do país vizinho consideram parte integrante do reino de Espanha. A partir de então, as embarcações apanhadas a navegar, na área interditada, arriscam-se a ser sancionados com avultadas multas. A decisão conta com a oposição das autoridades portuguesas mas os espanhóis não recuam. As queixas acumulam-se
Os elementos das forças policiais espanholas alegaram aos proprietários dos barcos que já foram sancionados estar a cumprir ordens da entidade que gere a bacia do rio ibérico em território espanhol, a Confederação Hidrográfica do Guadiana (CHG). E esclarecem que a infracção à Lei da Água espanhola pode ser punida com uma multa que pode chegar aos 6 mil euros.
Humberto Nixon, empresário que explora circuitos de navegação em Alqueva, diz que as exigências das autoridades da região autónoma da Extremadura mantêm-se, decorridos que estão oito anos da sua aplicação.
“Portugal fez uma albufeira enorme e temos de pagar para navegar no seu interior e ainda por cima num sítio onde a linha de fronteira não está definida”, critica Pedro Salema, presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA). Um espanhol pode navegar pela albufeira do Alqueva a bordo de um barco com matrícula, seguro e carta de marinheiro do seu país, sem qualquer problema ou encargo, enquanto um português está impedido de acostar num cais espanhol se não proceder a um registo prévio da matrícula do seu barco, para além de ser forçado a pagar uma taxa.
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