30 de outubro de 2018

Golfo da Guiné: uma tripulação libertada e outra sequestrada

Os 12 tripulantes do cargueiro suíço 'Glarus', que foram sequestrados no mar da Nigéria em meados de Setembro, foram libertados a 26 de Outubro, segundo dados fornecidos pelas autoridades suíças.
A embarcação transportava trigo de Lagos para Port Harcourt, quando os piratas embarcaram a 22 de Setembro, cerca de 45 milhas náuticas a sudoeste da ilha de Bonny e sequestraram 12 dos 19 tripulantes.
Os doze foram agora libertados, depois da operadora do navio ter negociado com os piratas, e repatriados para a Suíça onde serão entrevistados e irão receber apoio psicológico, informou o Ministério Público de Basileia. Eram naturais das Filipinas, Eslovénia, Ucrânia, Roménia, Croácia e Bósnia.
Fonte
 Entretanto, foram sequestrados 11 tripulantes de um outro navio nas mesmas águas.
Os piratas embarcaram, a 28 de Outubro, num porta-contentores, sequestrando 11 tripulantes, dos quais oito polacos. A nacionalidade dos três outros tripulantes raptados não é conhecida. O navio porta-contentores 'MV Pomerania Sky' navegava para o porto nigeriano de Onne.
De acordo com a empresa operadora do navio, os piratas levaram 11 membros da tripulação, deixando outros nove a bordo e que se encontram bem de saúde. A Nigéria já iniciou uma investigação e lançou uma missão de busca e resgate para encontrar a tripulação em falta.
No último relatório do IMB sobre incidentes de pirataria, houve 156 incidentes nos primeiros nove meses de 2018.
O Golfo da Guiné é responsável por 57 dos 156 incidentes relatados. A maioria destes incidentes foi relatada na Nigéria e águas adjacentes (41) tendo, ainda, havido um aumento considerável no número de navios abordados no ancoradouro de Takoradi, no Gana.
Além disso, 37 dos 39 sequestros de tripulação para resgate em todo o mundo ocorreram na região do Golfo da Guiné, em sete incidentes separados. Sequestro por resgate é uma área chave de preocupação nas águas nigerianas. Um total de 35 marítimos foram sequestrados para resgate no Golfo da Guiné no primeiro semestre de 2018, de acordo com um documento emitido pela empresa de segurança EOS Risk Group.

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