A Gronelândia está a experimentar
um derretimento incomum de gelo para a época do ano. Na semana passada, perdeu
2 mil milhões de toneladas de gelo num único dia.
Poderemos esperar que em
2019 será estabelecido um recorde para a quantidade de perda de gelo da
Gronelândia? Ainda falta muito tempo até que se chegue a um veredicto plausível,
mas na quinta-feira, 13 de junho, a Gronelândia perdeu 2 2 gigatons de gelo.
Esse derretimento incomum de gelo é comparável ao recorde de degelo em 2012, quando
foi pela primeira vez registada derretimento em toda a camada de gelo.
Embora não seja incomum que
o gelo da Gronelândia derreta, a chamada “estação de derretimento” ocorre, normalmente,
de junho a agosto, com grande parte do derretimento a suceder em julho. Ou seja,
é fora do comum que uma grande quantidade de gelo derreta em meados de
junho.
Infelizmente, enquanto o
pico de degelo é visto como incomum, os especialistas dizem que há precedentes,
como evidenciado pelo pico de 2012. Na verdade, os pesquisadores já descobriram
que o derretimento do gelo na Gronelândia ocorre seis vezes mais depressa do
que nos anos 80, com a aceleração a ter início nos anos 2000 e continuando a
aumentar na década de 2010.
Este início de degelo é
problemático porque abre a porta para um derretimento ainda maior no final do
verão.
Em maio, o climatologista do
gelo Jason Box previu que 2019 seria um grande "ano de derretimento"
para a Gronelândia pelo que, com o actual ritmo de derretimento, a sua previsão
está a mostrar-se acertada. De facto, antes deste incomum derretimento no meio
de junho, em abril também houve um derretimento precoce, ocorrido três semanas
antes do usual e ainda mais cedo do que o recorde ocorrido em 2012.
Além disso, a cobertura de
neve também é bastante baixa no oeste da Gronelândia, pelo que a infeliz
combinação destes factores pode levar 2019 a bater o recorde do degelo acontecido em 2012.
Esta é uma má notícia para o aumento do nível do mar, já que a Gronelândia é um
cada vez maior contribuinte para o aumento do nível do mar nas últimas duas
décadas.
A situação na Gronelândia é um exemplo claro de como os problemas numa determinada
zona do planeta podem afectar o resto do mundo.Fonte
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