5 de junho de 2019

Linhas de cruzeiros sob pressão depois de Trump proibir viagens a Cuba


Viajar para Cuba tornou-se mais difícil – e mais complicado – para cidadãos americanos e passageiros sujeitos à jurisdição americana.
Os navios de cruzeiro não poderão mais navegar até a ilha caribenha, de acordo com um anúncio do governo Trump na terça-feira, pelo que a indústria está a tentar perceber o alcance e as implicações desta alteração de política.
A Norwegian Cruise Line disse, em um comunicado, que a empresa está a "monitorizar de perto estses desenvolvimentos recentes e o impacto resultante nas viagens de cruzeiro a Cuba. Nós iremos comunicar com os nossos hóspedes e parceiros de viagem à medida que estiverem disponíveis informações adicionais".
A Royal Caribbean Cruise Lines, poe seu lado, anunciou que está a alterar os itinerários para as viagens de 5 de junho e 6 de junho que estavam programadas para escalar em Cuba. A linha de cruzeiros acrescentou estar, ainda, a avaliar o impacto do anúncio das autoridades.
Várias outras empresas de cruzeiro não comentaram, até agora, os acontecimentos.
A confusão em torno da proibição é palpável entre as empresas de cruzeiros, sites de viagens e passageiros com passagens programadas/compradas para Cuba. Não se sabe o que a proibição significa para as pessoas que pagaram integralmente ou que estão esperando para fazer pagamentos finais em viagens planeadas para Cuba.
A mudança na política da administração Trump também elimina as viagens de grupos de pessoas e pessoas singulares no âmbito de intercâmbios educacionais e culturais de natureza não académica, como uma subcategoria aprovada de viagens para os americanos.
Sob o governo do ex-presidente Barack Obama, as regras em torno das viagens a Cuba foram aliviadas, tornando mais fácil para os americanos individuais acederem a certas categorias de viagem aprovadas sem processo formal de inscrição e aprovação.
O presidente Trump reforçou essas regras em novembro de 2017, mas agora vem restringir ainda mais, numa tentativa de reverter toda a política da anterior Administração, o que deixa os passageiros, com reservas para as próximas viagens, na incerteza, além de tornar a oferta de cruzeiros menos apelativa.
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